sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Só você pode ouvir - Kiminishika Kikoenai

Nem acredito que finalmente eu li este mangá... 

E aí, povo fiel. Tudo bem com vocês? Cá estou para mais uma resenha. Desta vez, creio que pequenina. Bora lá? 


Título: Só você pode ouvir
Autor: Kiminishika Kikoenai
Páginas: 191
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Sinopse: Só Você Pode Ouvir é a história de Ryo, uma garota com muita dificuldade de se comunicar com seus colegas de classe, e que queria muito ter um telefone celular, já que todos têm um. O desejo é tão forte que ela começa a imaginar como seria seu celular dos sonhos em todos os detalhes. Até que ela se imagina fazendo uma ligação pelo celular imaginário. Mas alguém atende. Tem uma pessoa do outro lado da linha! 



Minha opinião: Algum tempo atrás a blogsfera lotou de resenhas positivas sobre esse mangá. E claro, eu não poderia ficar de fora. Mas fiquei. Afinal só agora consegui ler. Mas li e isso que importa. 

Só você pode ouvir é um mangá de volume único, o que claro já ganhou meu coração. Nele, conhecemos Ryo, que é uma garota com dificuldade de interagir com as pessoas. Tudo piora quando todos os seus colegas começam a fazer uso do aparelho celular, mas ela não pode. 

Seu desejo por possuir aquele pequeno aparelho é tão grande que ela começa a sentir que realmente possui um. Mas ele não existe... ou será que existe? É durante uma aula que Ryo começa a ouvir seu telefone tocando. Ela atende, mas tem certeza de que está ficando louca, afinal ela não possui um celular. Porém, ao atender, ela tem uma surpresa. 

- Olá! Olá! Você pode me ouvir? 



É difícil falar mais sobre essa história sem dar spoilers. Mas posso dizer que é através desse celular que algo dentro de Ryo começa a mudar. 

Só você pode ouvir é uma história delicada sobre amizade e amor. É uma história que prova que apesar de sermos únicos, nunca estamos sozinhos. 

Sei que há o filme também, mas não encontrei para assistir. Acredito que ele deva ser muito bacana, pois a história abre espaço para a criação de um cenário delicado e encantador. Se eu conseguir assistir, em breve eu conto a vocês aqui no blog o que eu achei. 

Mas por hoje a gente encerra aqui. 

E você, já conhecia o mangá? Já leu? O que achou? Me conte! 

E se você curtiu a postagem, compartilhe com os amigos. 

Um beijão e até a próxima! 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Outro Dia - David Levithan

E aí, povo do bem. Tudo certinho com vocês? 

Cá estou para mais uma resenha e dessa vez é de um livro incrível. Afinal nem só de resenhas negativas eu vivo hahahhaha Bora lá?


Título: Outro Dia
Autor: David Levithan
Páginas: 322
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SKOOB
Sinopse: Um dos mais inovadores autores de livros jovem adulto e o primeiro a emplacar uma trama gay na lista do New York Times, David Levithan retoma a sua mais emblemática trama em "Outro Dia". Aqui, a já celebrada — com várias resenhas elogiosas — história de "Todo Dia" é mostrada sob o ponto de vista de Rhiannon. A jovem, presa em um relacionamento abusivo, conhece A, por quem se apaixona. Só que A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Mas embarcar nessa paixão também traz desafios para Rhiannon. Todos eles mostrados aqui.


Minha opinião: Quem me acompanha há mais tempo deve lembrar da resenha que fiz do livro Todo Dia. Foi um livro que mexeu muito comigo e que eu indiquei para todo mundo. 

Mas por algum motivo, nunca tive muito interesse em ler o livro Outro Dia. Mas eis que estou fazendo uma troca em um sebo e encontro esse livro. E eu pensei: por que não? 

Para quem leu o livro Todo Dia e espera uma continuação sinto em informar que esse livro não é isso. Outro Dia é a mesma história, porém desta vez narrado pela garota. 

Eu sei, eu sei. Também sou daquelas pessoas chatas que julgam os autores e editoras que visam apenas o lucro e que ficam criando apenas outros pontos de vista para a mesma história porque não são capazes de nada mais criativo. 

Porém, entretanto, todavia, Outro Dia não se encaixa nesta categoria de apenas lucro. Ele é muito além disso. Não é essencial para conhecermos a história. Mas acho que é essencial para entendermos a mesma. 

Ainda não gosto tanto assim de Rhiannon. Mas fui capaz de entendê-la um pouco mais. Fui capaz de entender os outros personagens de outra forma. A que para mim era perfeito, se mostrou, sob o ponto de vista de Rhi, uma pessoa um pouco diferente. Seu namorado, por outro lado, que parecia tão terrível aos olhos de A, se tornou um cara quebrado e possível de compreender ao olharmos para ele utilizando os olhos de Rhiannon. 

E isso foi muito bacana para mim, tanto enquanto autora, quanto enquanto leitora ou pessoa. É incrível como uma história pode mudar quando outra pessoa nos conta. É incrível como somos manipulados a enxergar apenas o que queremos, apenas o que querem nos mostrar. Ninguém é apenas uma coisa. Todos nós somos cheios de defeitos e qualidades. Às vezes achamos que uma pessoa é boa ou ruim, mas isso é apenas o que nos é mostrado. Somos mais do que apenas três letras. Resumir algo tão complexo, como nós mesmos e os outros, em apenas tão poucas características é inútil, pois não condiz com a verdade. 

Outro Dia foi um livro que eu não dava nada e terminou sendo o livro que acompanhado de Todo Dia eu indicarei para inúmeras pessoas. Ele vai muito além do que a maioria das histórias vão. Nada ali é verdade absoluta. Nada ali é imposto. Você vai terminar a leitura e algo terá mudado em você. Talvez não da mesma forma que mudou em mim. Mas talvez de alguma forma muito mais especial. 

Agora falando dados um pouco mais concretos do livro: 
Neste livro narrado em primeira pessoa conhecemos a Rhiannon. Ela vive um namoro complicado* até que um dia, seu namorado parece diferente e uma pessoa fantástica. No outro dia, ela conhece uma garota incrível. No dia seguinte, encontra uma estranha que parece sua amiga há anos. No próximo dia... Até que ela recebe uma informação: Todas essas pessoas que ela encontrou nos últimos dias são a mesma pessoa: A. 

Isso mesmo. Rhi conheceu alguém que é sempre a mesma pessoa, mas que todos os dias é outra pessoa. Alguém que todos os dias troca de corpo. Uma grande amizade e romance nasce ali. 

Será possível que o que sentimos pelos outros vá mesmo além das aparências? 

No livro anterior há um trecho que muito me incomodou, mas fico feliz em dizer que desta vez ele está fora. Para quem tem medo da história se tornar cansativa por se tratar do mesmo enredo, eu digo para ficar tranquilo. Como A e Rhiannon são pessoas muito diferentes e não tem tanta convivência física assim, é quase como se fossem duas histórias diferentes, apenas que se encontram em vários momentos. 

No final do livro Todo Dia eu chorei igual um bebezinho. Mas ao final de Outro Dia eu sorri. Sorri porque existe um pouquinho de esperança em cada um de nós. 

E por falar em esperança, eu tenho a esperança de que talvez David escreva a história sob o olhar do namorado da garota. Ele está longe de ser o cara dos sonhos. Mas está longe de ser o vilão pintado por A. Na verdade ele está mais perto de ser humano que apenas um personagem. 

Então eu fico por aqui, porque desta vez me estendi demaaaaaais. Por isso agradeço quem não desistiu e leu até o fim. Se você gostou, compartilhe com os amigos. E claro, não se esqueça de me contar se você já leu, se concorda ou se discorda de mim. 

Um beijão e até a próxima!


*Eu sei que quem vive um relacionamento abusivo muitas vezes não percebe. Mas de certa forma a Rhiannon percebe que tem algo muito errado naquela relação. Só que é impossível a gente não perceber que seu namorado também precisa de ajuda. Ele é terrível em muitos momentos? É, claro que é. Mas não dá para ignorar o fato de que ele também vive relações abusivas. E de maneira nenhuma eu estou dizendo para a gente ser condescendente com ele. É só para refletirmos o quanto o ciclo da violência acaba com a gente. 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Horror na colina de Darrington - Marcus Barcelos

Eu sei, eu sei, galera. Ando sumida. É que a vida aqui anda uma loucura, cês não tem ideia. Mas pelo menos é uma loucura do bem. A vida está nos trilhos, mas não está andando, ela está voando. Comecei minha pós, estou com um trabalho novo, comecei alguns projetos profissionais, fui pedida em casamento, ...Ufa!!! Mas pelo menos tudo é maravilhoso e isso que importa hahhaha. 

O que não é maravilhoso é o livro que vou resenhar para vocês. Ela, sempre ela, voltando com suas polêmicas hahahha Não reclamem que eu sei que vocês gostam \0/ 

Bora lá? 
Título: Horror na Colina de Darrington
Autor: Marcus Barcelos
Páginas: 144
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SKOOB Sinopse: Em 2004, Benjamin Simons deixa o orfanato em que viveu desde a infância para ajudar alguns parentes num momento difícil: com sua tia debilitada e o tio trabalhando dia e noite, precisavam de alguém para tomar conta de sua prima Carla, de apenas cinco anos de idade.
No entanto, certa madrugada, a tranquilidade da colina de Darrington é interrompida por um estranho pesadelo, que vai tomando formas reais a cada minuto. Logo, Ben descobre-se preso numa casa que abriga mistérios, onde o inferno parece mais próximo e o mal possui uma força evidente.
Passaram-se mais de 10 anos. Isso tudo aconteceu quando Ben estava com dezessete anos, e foram experiências das quais ele preferia esquecer completamente…
Mas aquele passado o acompanha de perto. Ben sente que precisa voltar e sabe que, ou desvenda tudo ou sempre viverá com medo. Então, ele decide contar, e traz numa narrativa angustiante e rica em detalhes tudo o que viveu e todas as batalhas impensáveis que travou para tentar manter a si próprio e a jovem prima em segurança. E se descobre no centro de uma conspiração capaz de destruir até a sua própria sanidade.
Onde termina o inferno e começa a realidade?


Minha opinião: Esse foi um livro que me atraiu assim que foi lançado. Apesar de ser extremamente medrosa para filmes, eu amoooo livros de assustar. Então claro que assim que esse livro teve seu lançamento eu desejei ler. 

Mas como estou com um projeto de diminuição (quase que anulação) de compras de livros novos, esperei uma oportunidade para trocar no Skoob Plus. E aqui estou eu para contar a vocês como foi a experiência da minha leitura. 

Assim que peguei o livro em mãos tive certeza de que ia amar a leitura. Um livro assustador, com poucas páginas, ilustrado, letras grandes, nacional. Tinha como não amar? Tinha!!! 

Horror na Colina de Darrington não é nem de longe assustador. Um pouco tenso em alguns momentos, verdade seja dita, mas não assustador. 

Nele conhecemos o Ben que conta uma situação sinistra que viveu muitos anos atrás na casa dos seus tios. Na minha opinião o livro poderia ter encerrado aí. Quando sabemos que o garoto sobreviveu e está psicologicamente estável (talvez eu esteja sendo injusta aqui, pois dizer que ele está bem é um pouco forçado, mas enfim) já conseguimos perceber que grandes assombrações não passaram pela vida dele. 

Mesmo assim, quando ele chegou na Colina de Darrington, eu senti um arrepio subindo pela espinha. Quem era a mulher pendurada no teto? Mas o arrepio logo desceu. 

Esse livro, me lembrou da coleção "Arrepio" E "Goosebumps" que eu lia quando criança. Por sinal são ótimos. Então na minha opinião, não é que o livro de Marcus seja exatamente ruim. Só que ele foi vendido da maneira errada. A galera do marketing mandou lembranças. Adquiri o livro esperando por uma coisa. E não recebi. Desejo meus créditos do skoob de volta :P Acho que o livro pode funcionar muito bem para as crianças, pré adolescentes e adultos mais medrosos. Mas não funcionou comigo. 

Mas como sou cruel, polêmica, mas ainda assim, justa, não posso deixar de dizer que apesar de tudo, Horror na colina tem uma escrita que te envolve. Apesar da história não ser o que eu esperava, não consegui desgrudar do livro até o seu final. 

Falando em final, ele não é de todo ruim, mas isso não significa que ele seja bom. Temos uma reviravolta bem tosca e nada convincente, que para mim, simbolizou o medo do autor de não agradar e por isso ele resolveu virar a trama nas últimas linhas. 

Sinto muito, Marcus, não funcionou. 

Agora falando sobre a edição, realmente nem eu posso reclamar. O livro é lindo. O corte é preto, as páginas são grossas, a diagramação torna a leitura muito fácil e a capa é bastante atrativa. 

Por fim só me resta dizer que Horror na Colina de Darrington está longe de ser um livro assustador (para pessoas não tão medrosas) e poderia ter sido melhor desenvolvido. Mas sei que muita gente gostou e como eu disse, acho que funciona muito bem pra garotada mais jovem. Então se você tem curiosidade, vai lá. Se tudo der errado, pelo menos você terá um livro lindo na estante. 

Então por hoje é isso. Alguém aqui já leu? Concordam, discordam? 

Se você gostou da resenha, compartilhe com os amigos. Um beijão e até a próxima!