Alguém aqui já chorou lendo um livro? Não estou falando daquelas lágrimas que sentimos escorrendo quando uma cena triste ou emocionante aparece. Estou falando daquele choro de verdade, de doer o peito, de deitar na cama e soluçar. De pedir para aquela dor parar, porque você não vai aguentar.
Não acredita em algo do tipo? Então venha conferir a resenha desse livro. O livro que me destroçou, destruiu, me fez em pedaços, mas que ainda assim, entrou pra minha pequena lista de preferidos.
Título: Um Novo Amanhecer
Autor: Cíntia Freire
Páginas: 376
Skoob
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Sinopse: Giulia está arrasada! Seu namoro chegou ao fim e ela não sabe o que fazer. Leo está confuso e com medo, seu tempo está acabando e ele não quer magoar sua namorada. Zyon é um anjo perdido e apesar de saber que está em uma missão na Terra, ele não tem ideia exatamente do que o aguarda. Em uma tarde chuvosa o caminho dos três se cruzam de forma trágica e comovente. UMA GAROTA APAIXONADA. UM RAPAZ DOENTE. UM ANJO PERDIDO. Eles serão capazes de lidar com a força do verdadeiro amor?
Minha opinião: Não lembro quando foi a primeira vez que vi algo desse livro. Foi em algum blog e era uma resenha que me instigou muito. Eu sabia que precisava ler. Eu já estava comprando-o, quando descobri que ele era o primeiro livro do
Projeto Book Tour de Escritores Contemporâneos Nacionais Então eu aguardei.
Quando ele chegou lá em casa, eu fui lê-lo. Mas parei!
Eu não li esse livro. Sinto muito se alguém esperava que eu fizesse uma leitura. Um Novo Amanhecer é impossível de ser lido. Desculpe parceiros do projeto, desculpe Cíntia. Eu não li esse livro. Eu
VIVI esse livro!
Eu entrei na pele da Giulia. Eu fui a Giulia, desde o seu primeiro dia de aula. Conheci e me apaixonei pelo Léo. Não, eu não me apaixonei. Eu o AMEI. Não como amamos personagens, daquele jeito que queríamos um igual. Nada disso. Eu o amei de verdade! Amei a sua altura, suas calças largas, sua pele morena, o corpo magro. Amei cada uma das suas 3 pintinhas. Amei vê-lo andando de Skate, sendo bom em física e atrapalhado e fofo e engraçado com a Gi.
Na hora em que eu vi o Léo, as lágrimas rolaram soltas. Eu queria fugir dali, porque doía demais olhar para ele. Mas doía mais ainda, quando eu ficava longe.
Quando os dois começam a namorar, a força do amor deles é arrebatadora. Não do tipo grude, não do tipo psicótico. É aquele amor puro, que só quem se apaixonou na adolescência consegue entender. Aquele amor, para o qual daríamos a vida.
Uma pena que Léo, tivesse tão pouca vida para dar. Um erro cruel dos céus que fez com que esse menino lindo tivesse câncer.
Eu chorei. Deitei na cama, rolei, rezei. Eu queria poder fazer alguma coisa. Dizer para o Léo que tudo ia ficar bem. Que eu estava ali com ele. E foi o que eu fiz. Ou o que a Gi fez por mim.
Mas quando a dor da doença, ficou forte demais, tanto para mim, quanto para a Giulia conheci Zyon. E assim como ele acalma Gi, ele também me acalmou. Ele era um pedaço de esperança. Eu já não tinha mais esperanças de que o anjo pudesse mudar alguma coisa, mas eu precisava acreditar que ele pudesse fazer toda a minha dor sumir.
"-Eu te amo, minha bobinha chorona"
Dor é o que me define lendo esse livro. Quem me acompanha no
Facebook pode acompanhar comigo toda a dor e a angústia que senti lendo Um novo Amanhecer. Dor no peito, de achar que eu explodiria, de soluçar e querer um colo pra chorar e desabar. Me senti destruída.
Eu não sou do tipo que me impressiona fácil com um casal. Sempre acho que a vida aqui do lado de fora é mais agitada do que na literatura. Não são doenças, nem amores impossíveis e nem nada disso que me afeta.
Mas ao conhecer o Léo e a Gi, eu passei a viver com eles. A respirar junto deles. Eu estava lá na primeira vez, no primeiro beijo. Segurei a mão do Léo em todas as vezes que ele estava fazendo exames.
Só quem teve, tem ou perdeu um grande amor, é capaz de entender a profundidade dessa história. Se esse for seu caso, meu amigo e minha amiga; pegue todos os lenços do mercado e leve para casa. Porque você não vai chorar, você vai fungar, estragar a maquiagem, talvez precise até tomar alguns calmantes.
"Porque nem sempre nós perdemos as pessoas para a morte.
Na maioria das vezes, nós a perdemos para a vida.
Mas isso não torna a perda menos dolorosa. " Gislaine Oliveira
Conseguimos sentir todos os personagens. Narrado em primeira pessoa, do ponto de vista de cada um dos personagens principais, a Cínthia fez um trabalho magnífico. Mesmo que ela não colocasse no primeiro capítulo quem está narrando, nós saberíamos. Porque cada personagem é singular. Na primeira linha, você identifica quem está falando. Da mesma forma, que identificamos quem amamos.
As cenas não são repetidas, como em muitos livros. Não temos a mesma cena, sob vários pontos de vista. Cada personagem nos conta o que é importante para ele.
Não temos uma protagonista chata e sem graça. Temos uma menina forte, decidida, batalhadora. Não temos um protagonista doente, bad boy e idiota. Temos uma cara lindo, por dentro e por fora. Dono de um sorriso que nos faz esquecer um pouco da nossa dor.
Não posso dizer que é impossível parar de ler. É impossível ler sem parar. A menos é claro, que você não se importe de ter um livro todo molhado e manchado de lágrimas.
Tudo o que queremos, é que o livro possa trazer alguma esperança para a nossa vida. E ele traz!!! Um livro lindo que fala sobre a entrega, o amor, e o sacrifício.
Até onde você iria por quem ama? Do que abriria mão para viver ao lado da pessoa amada?
Não consegui colocar os quotes aqui, porque as 376 páginas não caberiam. Sim, o livro todo é um enorme quote que nos mata e nos fortalece.
Um Novo Amanhecer é único. E ai de quem falar que tem algo a ver com A Culpa é Das Estrelas, ou livros de anjos. Quem falar isso, vai comprar uma briga feia comigo. UNA é único e nada que tenha sido escrito antes, ou seja escrito a partir de agora, chegará a primeira página desse livro. Cínthia, sua cruel que me fez desidratar, eu sou sua fã incondicional. Parabéns por essa estreia brilhante e que venham os próximos. Posso ler até sua lista do supermercado se você quiser.
E para terminar, eu indico esse livro a todos. Esse livro que dói, machuca, mas nos salva e coloca alguma esperança na nossa vida.
Desculpa ai galera a emoção. Mas o livro me tocou de uma forma que eu nunca imaginei. Espero que essa linda história possa te emocionar também.

A Autora
Cínthia Freire nasceu em São Paulo, onde mora com o marido e duas filhas. Formou-se em Arquitetura, mas a paixão por histórias acabou a conquistando de vez. Desde então resolveu se dedicar em tempo integral a escrever romances, seu estilo preferido.
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A Cínthia é um amor e prometeu uma entrevista exclusiva ao blog para se desculpar pela minha desidratação que vocês possam conhecê-la melhor.
E então galerinha. Curtiram? Alguém já conhecia?
Ah, e pessoal, temos uma nova página aqui no blog. meu livro Os Sonhos de Rita vai começar a ser publicado aqui. Não é muito legal?
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