sexta-feira, 31 de março de 2017

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada - John Tiffany e Jack Thorne (Baseada em uma história de JK Rowling)

E aí, meu povo amado? Tudo bem com vocês? 

Hoje estou aqui para falar que finalmente eu li Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. Pois é, que bela fã eu sou se demorei sééééééculos para ler essa obra. Mas assim é a vida né? E sendo bem sincera, acho que li o livro no momento certo. 

Mas e então, acabou o suspense? 

Bora conferir??? 



Título: Harry Potter e A Criança Amaldiçoada
Autores:  John Tiffany e Jack Thorne (Baseada em uma história de JK Rowling)
Páginas: 352
Compre na AMAZON
Sinopse: Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo,  Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.




Minha opinião: Então meu povo amado, salvo raras exceções, só encontrei dois tipos de opiniões em relação a esse livro. O povo super fã que odiou o livro porque esperava algo totalmente diferente e o povo super fã que ama qualquer coisa que venha desse universo. Fico feliz em dizer que faço parte da exceção (como sempre hahhaha), eu não amei e nem odiei o mesmo. Consigo entender que ele tem falhas e qualidades. Mais falhas que qualidades? Beleza. Concordo. Mas ainda assim, não consigo sentir esse ódio que alguns fãs sentiram ao longo dessas páginas. 

Em A Criança Amaldiçoada nós acompanhamos a história de Alvo Severo, um dos filhos de Harry e Gina. AS não podia ser mais diferente dos pais. Ele odeia o Harry, o peso de ser filho do menino-que-sobreviveu e odeia Hogwarts. 

No começo, ele tinha apenas medo de ir para Sonserina. Eis que seu maior medo se realiza, mas ao contrário do que ele pensa, isso não é algo ruim já que é ali que ele conhece seu melhor amigo, Escórpio, filho de Draco Malfoy. 

Como já sabemos, a família Potter gosta de se envolver em confusões. Ou a confusão é que os acha? E com AS não seria diferente. Há algo de maligno ao seu redor e as trevas podem ressurgir a qualquer momento... 

A primeira coisa que eu devo falar sobre esse livro é que ele é o roteiro da peça. Então caso você não esteja familiarizado com esse tipo de roteiro, você poderá se sentir incomodado. Nós não temos uma história romanceada. Os cenários e cenas são descritos de forma a auxiliar a produção da peça. 

Por causa disso, muita coisa pode parecer estranha e até confusa. Forçada ou mesmo exagerada. Bem, é uma peça não é? Então não há espaço para as descrições dos sentimentos dos personagens. É preciso que eles falem para que o público entenda o que estão sentindo. Então sim, há diálogos que parecem desnecessários, mas na verdade não são. 

Ao ler é preciso ter ideia de que o roteiro é de uma peça de teatro, com menos recursos que um filme. Então você não pode ler o livro imaginando um filme, mas sim uma peça. Se você não tem o hábito de ir muito ao teatro isso pode ser complicado para você. Como eu sou uma amante dessa arte, consegui imaginar muito bem tudo em cena. 

É verdade que há um conflito entre a história dos 7 livros da série e esse roteiro. Mas entendo que essa peça não é uma continuação exata dos livros. Não creio que uma peça conseguiria fazer isso. Li o livro muito mais com o sentimento de que essa história é uma teoria das muitas sobre o que poderia acontecer com o mundo bruxo tantos anos depois da batalha de Hogwarts. 

Concordo que as personalidades dos personagens não foi explorada. E outras tantas foram destruídas. É difícil aceitar um Harry tão arrogante, uma filha de Hermione e Rony nada humilde, uma Minerva tão submissa... Mas eu acredito que as situações mudam as pessoas. Não sei o que aconteceu entre As Relíquias da Morte e A Criança Amaldiçoada. Então não me sinto capaz de julgar as atitudes dos personagens. 

Muito se falou do Rony no papel de "bobo da corte". Entendo muito bem o motivo disso. Isso funciona muito bem no palco. Poderia não funcionar no livro e nem no filme. Mas tenho certeza de que funcionou muito bem para a platéia. 

A história parece um pouco sem pé nem cabeça? Talvez. Provavelmente. Mas como já falei ali em cima, a vejo muito mais como uma teoria do que algo realmente real. 

Há ainda o argumento de que as idas e vindas no tempo, os universos paralelos não fazem jus às características dos personagens. Porque Cedrico jamais seria do mal, a Hermione jamais seria amargurada e o Snape jamais seria um cara super camarada. Não sei, gente. Não sei. 

Mas percebendo sob outro ponto de vista, talvez o que eles quiseram mostrar com a peça é que a ocasião faz o ladrão. É fácil acreditar que o Harry sempre e em qualquer circunstância seria o cara bom que é. Mas será? Talvez a presença dos amigos tenha moldado quem ele se tornou. É fácil a gente julgar e separar o mocinho do vilão... Mas existem tantas coisas por trás de uma escolha. Sei lá. Vocês sabem que eu gosto de ficar criando teorias e filosofando hehehhe... 

Outro ponto muito legal é que em uma das realidades alternativas, a chave de tudo foi o Neville. Eu não curto esse personagem, confesso, mas há uma teoria muito forte sobre quem ele realmente poderia ter sido. Mais uma vez, a situação faz o ladrão... 




Por fim, devo dizer que curti sim o livro. Li em dois dias e leria em um tranquilamente, mas eu preciso fazer as coisas supérfluas da vida, como comer, tomar banho, kkkkkk Senti uma sensação gostosa de nostalgia, reconhecimento e até mesmo um quê de "eu sabia que isso nunca ia dar certo". 

Então devo dizer que eu indico sim a obra. Mas é importante que você leia com o coração e a mente abertos. Talvez você ame, talvez você odeie, e talvez assim como eu, você apenas fique feliz por ter mais algumas horas com esses personagens tão adorados. 

E é isso meu bom povo. Se você curtiu, não se esqueça de compartilhar com os amigos. 

Um beijão e até a próxima! 



Possível spoiler!!!! Alerta!!! Alerta!!!! 

domingo, 26 de março de 2017

A Profecia dos Três - Julie Mor

E aí, meu povo. Tudo bem com vocês? 

Aqui está tudo ótimo :) 

Então que tal a gente parar de enrolar e falar de livros? Afinal faz um tempo que nossos amigos não aparecem por aqui, não é mesmo? Então vamos lá! 

Essa será uma resenha um bocadinho diferente, pois eu fiz a leitura crítica do livro. Isso já tem um tempinho, mas aqui estou para falar dele com vocês. 

Vamos conhecer?

Título: A Profecia dos três
Autora: Julie Mor
Páginas: 335
Compre na AMAZON
Sinopse: Impulsionados por uma profecia, três jovens enfrentarão armadilhas, animais e adversários poderosos na tentativa de preservar as últimas florestas do planeta. Juntos, eles terão que resolver suas diferenças com um único interesse: salvar o mundo.


Minha opinião: Assim que terminei a leitura de A Profecia dos três mandei um e-mail para a autora dizendo que esse livro deveria ser publicado. Ainda bem que ela me ouviu :) 

Logo no começo do livro conhecemos uma profecia muito misteriosa. 


Há muitos anos essa profecia mexe com a imaginação da população. Ninguém sabe muito bem o que ela significa. Mas sabem que ela é a única que pode salvar o mundo. 

Quando tudo parece quase perdido, três jovens tem seus destinos cruzados e percebem que estão muito mais ligados do que poderiam e queriam imaginar. E agora, se eles desejam salvar o mundo, terão que superar as diferenças e o medo e partir em uma jornada para que a profecia possa ser cumprida. 

Não é segredo para ninguém que eu sou a louca das histórias jovens. Também não é segredo pra ninguém que eu sou a surtada das profecias e mistérios. E também não deve ser novidade para vocês que ainda sonho em salvar o mundo. A Profecia dos Três junta tudo isso. Tem como não amar? 

Além de todo o mistério e abordagem que o livro faz falando sobre a importância da consciência ambiental, Julie conseguiu criar uma história engraçada e envolvente. 

Com uma narrativa muito leve, esse primeiro livro nos leva a conviver com esses jovens, enfrentando seus medos, suas angustias, chorando suas lágrimas e sorrindo cada um de seus sorrisos. 

Terminei a leitura com uma sensação gostosa. Com a esperança renovada. Na literatura, no mundo, nos jovens, em mim. Talvez tudo não esteja tão perdido afinal. Talvez basta todos nos unirmos. 



E por hoje é isso meu povo. Espero que todos tenham a oportunidade de conhecerem essa história. Se você já leu, me conte o que achou do livro. E se ainda não leu, você está esperando o quê? Corre lá! 

Se você curtiu essa resenha, compartilhe com os amigos. 

Um beijão e até a próxima! 

quinta-feira, 23 de março de 2017

Minimalismo: Viver com menos para viver melhor

E aí, meu povo? Tudo ruim por aí? 

Se não está ruim você não está bem informado, caro coleguinha... 

Mas vamos lá que o assunto da vez é outro. 

Quero falar sobre um novo estilo de vida que adotei. O Minimalismo. Vocês já ouviram falar dele? 

Eu conheci tem um certo tempo e estou realmente encantada. O minimalismo "prega" que os adeptos desse estilo vivam com o mínimo possível. 

Claro que esse mínimo varia de pessoa para pessoa e o importante é que esse seja um estilo sustentável e que te deixe feliz. Por exemplo, há aqueles que tem apenas 7 calcinhas. Uma para cada dia da semana. Isso para mim é inviável, já que tomo no mínimo três banhos por dia (faço natação, exercícios físicos, trabalho fora, suo muito, vou de bicicleta para o trabalho... só explicando). 

Mas o minimalismo faz você começar a perceber quem você é de verdade e qual é o seu estilo de vida e o que combina bem com a sua rotina. Por exemplo, eu tinha trocentas roupas de baladinhas. Sendo que eu não sou uma pessoa badaleira. E tinha pouquíssimas roupas para dar uma voltinha, sair com os amigos, ir no cinema, jantar fora. Que é basicamente o que eu faço nas horas vagas. 

Conheci esse estilo ao perceber que meu armário estava abarrotado de roupas, mas eu nunca parecia ter o que vestir. A verdade é que pude me desfazer de muita coisa e agora parece que eu tenho muito mais opção. Tudo porque agora minhas peças não estão escondidas. Eu ainda tenho muita roupa, muita mesmo. Muito mais do que o mínimo. Mas aos poucos estou vendo o que é excesso e não agrega nada e estou me desfazendo. 

Esse é um estilo de vida que vai muito bem para quem está se sentindo abafado, como se houvesse um peso o tempo todo, para quem se sente muito ocupado. 

Eu me sentia sempre muito presa, com muita coisa pra fazer, gastava muito tempo escolhendo o que vestir, muito tempo limpando a casa, lavando louça. 

Então resolvi adotar esse estilo de vida e me desfazer de tudo o que estava em excesso na minha vida. Os livros na estante, as roupas no armário, os sapatos no chão, a louça no armário, ... Não estou dizendo que você deva se livrar das coisas que você ama. Não é isso. Mas o minimalismo prega que você deve ficar com aquilo que te faça feliz. E ver todos aqueles livros juntando poeira na estante não estava me fazendo bem. Todos os dias eu ficava atacada porque chegava mais algum e eu não conseguia ler todos. Mas essa sou eu e você não precisa ter o mesmo sentimento que eu. 

Aos poucos fui me desfazendo de muita coisa. E meu marido percebeu. E ele me apoiou muito. Mais do que isso. Ele resolveu entrar nessa comigo. Nós moramos apenas nós dois e nossa gata. Nós tínhamos mais de 20 pratos. Nós raramente recebemos visitas. E quando recebemos, é apenas uma ou duas pessoas. Nós realmente precisávamos de todos aqueles pratos? 

Nós tínhamos duas geladeiras e dois fogões. Isso era mesmo necessário? Eu acredito que não. 

E isso facilitou muito a nossa vida desde então. Ganhamos mais tempo e disposição. Porque toda a energia que a gente gastava limpando tudo,agora a gente pode gastar com o que realmente nos interessa. 

Mas mais uma vez eu digo: esse estilo de vida deve te fazer feliz e ter sentido para você. Por exemplo, uma das indicações para quem quer viver o minimalismo é se desfazer do micro-ondas. Mas isso na nossa casa é algo muito complicado já que usamos o dito cujo para quase tudo. Mas processador, máquina de fazer churros, formas e formas para assar... Tudo isso para nós é supérfluo, já que não comemos muito em casa. 

E esse nosso novo estilo de vida nos fez repensar muitas coisas. Nossos planos de futuro e tudo o mais. Nossos sonhos... Percebemos que muitos dos nossos sonhos não eram nossos . Eram dos outros. Sonhos que os outros plantaram na gente. Mas não seria muito melhor viver aquilo que queremos? Não seria. Posso dizer para vocês que É.

Confesso que nem sempre é fácil. Às vezes vejo gente da nossa idade comprando casa, fazendo casamento dos sonhos, comprando carro novo... E dá uma certa invejinha, sabe? Fico me perguntando o que estamos fazendo de errado. Mas então vejo que não estamos fazendo nada de errado. Estamos apenas fazendo aquilo que queremos fazer. Viajar, ter novas experiências, viver sem contas para pagar (exceto as quase impossíveis de ficar sem, tipo água, luz...). 

Quando ficávamos tentando seguir os planos dos outros, o que queríamos mesmo fazer ficava de lado. Agora não. Porque todo o tempo, energia e dinheiro que nós temos, nós usamos apenas para aquilo que realmente queremos. 

E como já falei tantas vezes em energia, vale dizer que o minimalismo não é apenas uma questão financeira, embora esse seja um grande ponto. Mas é uma questão de prioridades e escolhas também. Vivemos dizendo que não temos tempo para nada. Mas será mesmo? Ou será que o tempo que temos usamos para coisas que realmente não nos agregam nada? Ou com pessoas que não agregam nada? Pode até parecer meio frio, mas o minimalismo fala sobre isso também. Sobre se afastar das pessoas que nada acrescentam na nossa vida. 

Confesso que nem sempre é fácil e que ainda me considero mais consumista que o necessário. Mas isso também é consequência da infância que tive. Ou que não tive. Mas enfim... Mas é realmente libertador você não ter/fazer as coisas por uma questão de escolha. Eu não tenho o carro do ano. Eu poderia ter. Mas eu não quero. Eu não comprei o tênis da última coleção. Eu poderia ter comprado. Mas eu não quis. Eu poderia frequentar várias baladinhas. Mas eu não quero. É uma questão de escolha, entendem? E isso é libertador. Porque as vezes a gente acaba comprando/consumindo coisas apenas para mostrar aos outros e a nós mesmos que podemos. Ok. Nós podemos. Mas precisamos? E principalmente, queremos? 

Então é isso, galera. Quis aparecer por aqui com esse assunto pois acredito que ele pode ser aproveitado por muita gente. E mesmo que você não queira fazer parte desse movimento, com certeza alguma coisa que eu escrevi te fará pensar. 

Para conhecer mais do minimalismo, basta dar uma googlada. E no youtube tem muita coisa legal. Mas se tiver alguma dúvida e eu puder ajudar, vou ficar muito feliz. 

Um beijão e até a próxima!


sábado, 18 de março de 2017

Quem é que manda no nosso corpo?

E aí, meu povo. Tudo certinho por aí? 

Eu voltei!!!! Mas muita calma nessa hora porque eu estou voltando aos poucos hahahhaha. 

Mas como eu sou eu, e o PE é o PE, resolvi voltar com uma postagem pra lá de polêmica. Porque afinal se não é pra debater e discutir, eu vou morar numa caverna ahahhaha 

Bem, para quem ainda não sabe, eu não quero ter filhos. OU melhor, eu não quero engravidar. Gerar uma vida. Entendem? Nunca quis. 

E meu marido não quer ter filhos biológicos (nós pensamos em adoção, quem sabe algum dia). 

Eu morro de medo de engravidar. Pra vocês terem noção, até pílula do dia seguinte eu já tomei quando ainda era virgem. Sim, eu sou dessas surtadas que acham que podem engravidar até pelo ar. Sei lá, gravidez até parece contagiosa. Uma engravida e em cada esquina encontramos outra barrigudinha. Mas enfim...

Por muitos anos eu tomei anticoncepcional. Mas comecei a ter efeitos indesejáveis e resolvi parar. Eu sei, eu sei. Existe a camisinha. Mas apesar de ser grande fã dela, eu não confio totalmente nela para evitar a vinda de um filho não desejado. 

Como meu marido também não quer filhos, resolvemos procurar um médico para nos informarmos melhor sobre a vasectomia. 

ARGH!!!!! 

Dá raiva só de pensar. 

O cara foi tão escroto, tão ridículo, tão babaca e machista que eu não tenho xingamentos suficientes. 

Mas enfim... 

Chegamos lá (meu marido pediu para que eu fosse junto) e falamos para o médico o que pretendíamos. E eis o resultado: 



Claro que não consegui ficar quieta e comecei a "palestrar" para o médico. "Ah, claro. A responsabilidade é sempre da mulher, os cuidados também. Toma anticoncepcional que mata, aborta que mata, e tudo o mais." E o resto é impróprio para o horário. 

Achei que o médico ia me dar um tapa, mas vocês já viram o tamanho do meu marido? Pois é. Então o cara só ficou lá sentadinho e me ouvindo discursar. E eu quase nem falo hahahha. 

Mas claro que ele não desistiu e deu mais um zilhão de argumentos. Um pior do que o outro. Até que nós desistimos dele e fomos embora. 

Eis alguns dos argumentos utilizados: 

- Mas se depois você se arrepender e quiser ter um filho eu me sentirei culpado por ter tirado isso de você. Ah, claro. E se sentir culpado por deixar vir ao mundo uma criança que não poderá ser amada? O senhor pensou nisso? 

- Mas e se depois dos 40 você encontrar uma mocinha de 18 anos que queira ter filho? Que merdão! Se eu não quero ter filhos com a minha mulher, porque é que eu vou querer ter filhos com outra pessoa? 

- A vasectomia não te impedirá de ter filhos. Mas você nunca mais poderá ter um filho de modo natural. Merdão 2. Por acaso agora alguém que faça inseminação artificial é menos pai, menos mãe do que os outros? 

- Além do mais, depois de fazer o pedido do procedimento, você terá 60 dias para desistir de tudo. Vai conversar com psicólogos... Ah vá! Tive mais de 20 anos pra mudar de ideia e cês acham mesmo que vou mudar de ideia em 60 dias? 


Agora vamos ao título do nosso post: 

Quem é que manda no nosso corpo? 

Porque claramente não é a gente. Pela lei, meu marido só pode fazer o procedimento após os 25 anos ou se já tiver dois filhos. Ele tem 24 anos. O que é que um ano muda tanto? Uma decisão de anos certamente não. O corpo é dele. Mas quem manda não é ele. 

Eu bem que faria uma laqueadura ou tiraria o útero se possível fosse. Mas também não posso. Quem manda no meu corpo não sou eu. 

ALÉM DISSO, quando meu marido fechar 25 anos, vai precisar passar por todo um processo. E eu também. Para que os psicólogos "entendam" nosso relacionamento e se eu estou de acordo com a decisão dele. PUTO QUE PARIU!!!!!! É o corpo dele. Eu não tenho que estar de acordo a nada. É uma decisão dele. Ele não deveria ser impedido disso se por acaso a esposa quisesse engravidar (o que claramente não é o caso). 

E digo mais ainda, aposto que se agora, nós dois quiséssemos adotar uma criança, seríamos barrados. Ou seja, temos responsabilidade para gerar uma vida. Mas não para criar uma. 

" - Dr, eu gostaria de fazer uma laqueadura. 
- Mas você é muito nova, não sabe o que está fazendo. 
**********
- Dr, eu engravidei e queria muito abortar. 
- Nada disso. Você sabia muito bem o que estava fazendo." 


E é dessa forma que eu me despeço. Sei que o assunto é complicado para muitos e muitos talvez não tenham uma opinião bem formada sobre o assunto. E isso não é feio. Feio é não querer pensar. Não querer refletir. 

Um beijão em todos vocês e até a próxima!