Entrevista com a autora Angie Stanley

Oiii galerinha linda. Tudo bem com vocês??? 

Vocês já devem ter percebido que estamos com um novo banner aqui no blog. O banner da nossa colaboradora Fernanda Avellar. 

E a Fe já está trabalhando a todo vapor, por isso hoje trago aqui a entrevista que ela fez com a querida autora Angie Stanley. Confiram!!!

ENTREVISTA COM ANGIE STANLEY

Por Fernanda Avellar

AS: Nasci Angela, em São Paulo e um apelido de infância me transformou em Angie Stanley. Amo David Bowie e a banda Kiss, e foi daí que meu irmão tirou meu nome autoral: Angie era a primeira esposa de Bowie; Paul Stanley (o Filho da Estrela) é o vocalista da banda Kiss. Juntando a amada do mestre com o sobrenome de um ícone, nasci. Escrevo desde os 16 anos. Ganhei concursos na escola onde estudava. Meus trabalhos de Filosofia estão na USP até hoje. Mas, infelizmente, só consegui lançar meu primeiro livro depois dos 40 anos. Foi uma árdua caminhada, mas aqui estou hoje. Mais de 2.500 livros vendidos. Seis títulos lançados. 30 prêmios de concursos de contos (que vão dos temas mais variados, desde romances, passando por contos de terror, psicopatia infantil, eróticos e comédias – meu forte). Cadeira número 1 da Academia de Letras Cora Coralina do Estado de São Paulo.

1 – Qual é o seu Estilo Literário?

Meu estilo é o das comédias românticas. Mas adoro um bom mistério. Sempre adorei fazer as pessoas rirem e não seria diferente com os livros, todavia, uma boa pitada de erotismo e suspense sempre são primordiais.

2 – Qual é o seu Público Alvo?

Todos! Meus leitores vão desde os 10 anos até os 60. Tenho livros para todas as idades.

3 – Quem são seus autores favoritos?

Shakespeare, Hermann Hesse e Franz Kafka. Eles estão presentes na minha vida desde a minha infância. Cresci lendo as obras desses mestres. Devo tudo a eles e em todos os livros acabo citando-os. Eles me ensinaram a escrever, a rir de mim mesma, e a procurar sempre melhorar, enfrentando meus medos e superando obstáculos.

4 – O que te inspira a escrever?

A vida me inspira a escrever. Respirar me inspira. Tive três diagnósticos horríveis em três momentos difíceis de minha vida. Primeiro não passaria dos 10 anos. Depois não passaria dos 25 e então me disseram que com 40 anos eu estaria entrevada numa cama. Bem... sobrevivi a todos e estou aqui, já isso é motivo pra comemorar e escrever. Criar é como respirar pra mim. Olho para meus filhos e me sinto viva. Um pedaço da eternidade me encara de volta! Não tem como não ter inspiração. Amigos, família, animais de estimação... Tudo coroado com boas músicas, afinal de conta, tudo começa com uma boa música. Trilha sonora é fundamental, sempre!

5 – Quem te incentivou a escrever?

Meu irmão. Ele me trazia livros de Kafka pra eu ler, quando tinha 08 anos. Cresci tendo essa curiosidade literária. Esse bichinho que nos corrói a alma e nos faz pegar numa caneta e escrever sem parar.

6 – Quantos livros você escreveu?

Escrevi muitos, mas lançados, até agora tenho 5. Lanço o 6º e talvez o 7º esse ano de 2015.

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7 – Quais as principais dificuldades para publicação?

As grandes editoras não querem saber dos autores brasileiros. As pequenas, só querem nos passar a perna. São falsas promessas, custam caro e até parece que lançar um livro no Brasil é um pecado. Por isso costumo lançar todos meus livros independente.

8 – Quais são os seus projetos para 2015?

Lançar mais dois livros. Um hot e o primeiro de uma saga.

9 – O que significa os leitores para você?

Eles são tudo pra mim. Escrevo por eles. Aceito críticas, aprendo com eles, crio personagens para eles, sempre coloco pelo menos dois nas dedicatórias de meus livros, saio com eles, eles se tornam meus amigos e me divirto demais conversando com todos pelas redes sociais.

10 – Você tem alguma mania para escrever?

Várias! Uso perfume masculino quando vou criar um personagem masculino marcante. Uso salto alto se minha personagem usa (e olha que eu mal sei dar dois passos no salto!kkkk). Tomo a bebida que o personagem cita no livro. Uso uma camiseta específica pra escrever certas cenas. Coloco uma foto e a minimizo para me inspirar a escrever uma cena de amor. Vejo vídeos durante a escrita. Às vezes paro tudo e começo a cena novamente por achar que a música tema não casa com o casal. Como feito louca quando escrevo um suspense. E por ai vai a loucura dessa maluca! Kkkk

11 – Que horas você gosta mais de escrever: à noite ou durante o dia?

Não consigo escrever nada que preste durante o dia. Se o sol está no céu, minha criatividade está adormecida. Só escrevo nas madrugadas. Só funciono com a luz da luz. Passo as noites sem dormir. Na realidade, durmo muito pouco. Começo a escrever por volta das 23 e paro às 5:50 para acordar meus filhos. Levo-os para o colégio, chamo meu marido para ele ir trabalhar e só então me deito, por volta das 7:20. Durmo até as 11 da manhã e a vida começa com a correria do almoço e por aí vai...

12 – Qual foi a emoção de autografar o primeiro livro?

EXCELENTE.

Eu estava na livraria onde costumo lançar meus livros, limpando a vitrine onde ficaria exposto minha primeira obra. Estava suja, descabelada e suada, quando um vendedor vem correndo me dizendo que havia vendido meu primeiro livro e que a mulher queria um autografo. Quase enlouqueci. Que bela primeira impressão! Kkkkk  A mulher veio, ficou super emocionada por eu ser tão “simples” e... bem... ela é minha amiga até hoje! Com aquele primeiro autógrafo, ganhei uma grande amiga!

13 – Como você se sente quando os leitores a abordam, todos emocionados com sua atenção?

Me assusta muito. Muitos leitores me tratam como se eu fosse uma diva! Kkk Justo eu! Alguns choram ao me conhecer e eu nunca sei como agir. Uma vez cheguei a chamar ajuda, pois achei que a menina estava passando mal! Kkkk Quando ela me disse que estava chorando de emoção, só faltei chorar também, mas de susto! Nunca vou me acostumar com isso!

14 – Como é ver mais de 150 pessoas na fila pra comprar seus livros em noite de lançamento?

Surreal! Olho pra fila de autógrafos e parece que eles estão esperando outra pessoa que não sou eu! É a realização de um sonho, mas ainda assim, surreal.

15 – Que conselho você daria para os jovens autores?

Leiam muito, estudem, fiquem longe dos vícios de linguagem e tenham coragem. O caminho é longo, árduo, mas vale a pena se você faz o que ama!

Conheça o novo trabalho da autora:

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