Para quem ainda não conhece essa coluna: Eu criei um grupo no facebook Profissão Escritor (se você ainda não faz parte, corre lá) para leitores, blogueiros e escritores. Neste grupo, os integrantes podem interagir, divulgar, fazer amigos, parcerias, entre outras coisas.
E uma das ações que eu resolvi fazer, foi essa coluna. Um leitor faz uma pergunta e vários autores respondem. Isso é muito bacana, pois permite que o leitor conheça várias possibilidades para uma mesma questão.
E a pergunta de hoje é: Alguma vez você duvidou da força do seu tema escolhido ou teve alum receio do julgamento das pessoas quanto ao mesmo?
A pergunta foi feita pelo Adrian Blakk AQUI no blog. Vamos conferir as respostas?
"Eu acredito muito naquilo que escrevo. Acredito de verdade, que minhas palavras possam mudar um pouquinho o mundo e a vida de alguém. Então não duvido da importância do que escrevo. Me orgulho das minhas histórias, dos meus personagens, de cada frase colocada ali. Mas acho que insegurança é comum e até certo ponto, saudável. Então é claro que sim: tenho meus momentos de insegurança. Não por acreditar que o tema não seja bacana ou relevante. Mas sempre bate aquele receio de ser mal interpretada, de não ter escolhido as palavras certas, de não falar tudo o que deveria ser dito.
Como trabalho muito em escolas, também bate aquele medo dos professores e pais, acharem a história revolucionária demais (feminismo para as crianças? SIM! FEMINISMO SEMPRE! Problematizar questões "simples"? SIM! PROBLEMATIZAR SEMPRE! )." Gislaine Oliveira, autora dos livros e contos: Os Sonhos de Rita, Se eu fosse a Cinderela, Justa Causa, Excesso de amor e Ju Gu.
"Quando comecei a escrever meu primeiro livro tive muitas dúvidas se a história era boa ou não. Depois de pronto todas as minhas amigas leram. Mesmo assim ainda tinha dúvidas que eu tinha capacidade. Levei 5 anos para criar coragem e publica-lo. Hoje não me preocupo tanto sobre os temas que escrevo. Descobri que quando a gente faz com a alma, sempre conseguimos atingir alguém e passar a mensagem correta." Luisa Aranha, autora dos livros Amar só se ama uma vez, Debaixo desta Terra Vermelha - As histórias dos túneis subterrâneos de São Borja e Causos & Prosas - Coletânea de contos e crônicas do blog.
"Acho que todos em algum momento duvidam das próprias ideias, por elas serem malucas demais talvez. Comigo é assim! Enfim, a minha história O Diário da Escrava Amada é assim, pois veio de um sonho. Alias, as de sonho são as que me dão mais receio e também mais orgulho. O mais engraçado é que esse meu medo é sempre por bobeira, porque quando as pessoas leem, simplesmente amam. Aconteceu isso com alguns contos que escrevi para o Café com Letra, especialmente a de Halloween (Trick or Treat?), que era uma história interativa, onde o leitor podia chegar em quatro finais diferentes e em Meu Pequeno Monstrinho, que só escrevi o que meu coração mandou e ficou a coisa mais fofa do mundo." Anelise Vaz, autora de Poderes; De repente, nós; King Edgar Hotel e Amor nas Entrelinhas.
"Sim, duvidei. Na verdade, eu escrevi um romance leve, sem cenas hots explícitas e de cara eu já sabia que o público alvo, que são as mulheres, está em sua maioria preferindo romances mais quentes, então eu achei que não conseguiria atingir uma boa quantidade de leitores, mas ainda há pessoas que gostam de uma leitura mais leve. Agora sobre o julgamento, eu não fiquei receosa sobre escrever sobre esse tema, mas sobre a escrita em si. Fiquei com medo das pessoas não gostarem da narrativa." Juliana Lugão, autora de Laços do Destino, Um Sonho Pra Mim e Uma Pausa Para o Amor.
"Não. Porque eu acredito que, se nem o próprio escritor não é capaz de acreditar naquilo que escreve, dificilmente o leitor vai. Se eu escrevo, é porque acredito. Acreditar no tema e ter medo da aceitação dele são coisas bem diferentes. Nunca tive medo de nenhum dos dois. Mesmo quando meu conto LGBT foi publicado, eu acreditei no potencial e na importância dele e fico muito feliz que, quem já o leu, soube apreciá-lo." Nina Spim, Contos nas antologias Aquarela, Amor nas entrelinhas e Ridículas Cartas de Amor. Conto avulso, publicado na revista Fluxo: Roda-Gigante. Poesias na antologia: Ondas poéticas.
Contos na Amazon: Caleidoscópio, Imersão e Sutilmente.
"De jeito algum! Jamais duvidei que o tema e os personagens deixariam de ser do agrado. Mas se cairem no desagrado, fazer o quê? Deixamos de ser donos das criaturas que criamos assim que o livro fica pronto..." Ricardo Faria, autor do livro Amor nos tempos de AI-5
"Acredito que há público para todos os gêneros e temas, minha preocupação é única e exclusivamente em desenvolver bem o que propus." Sinéia Rangel, autora dos livros Simplesmente Complicado e Paixão Sustenida.
"Nunca duvidei do tema não. Costumo escrever sobre o que eu gosto, sempre. Uma vez, fiquei receosa quanto ao final do meu livro "Meu Conto Não é de Fadas". Tive tanto medo de receber críticas negativas, que publiquei o livro com dois finais e por incrível que pareça, a maioria dos leitores preferiram o final que eu tive tanto receio." Barbara Stefane, autora dos livros: Vida de estrela; Meu conto não é de fadas e Amor entre amigos).
"Com relação aos temas que escrevo nunca tive dúvidas. Quando percebi que queria escrever sobre personagens femininas e sobre temáticas LGBTQA, senti que achei meu lugar no mundo e também o que queria escrever. No entanto, tive alguns temores em não ser representativa o suficiente ou cometer algum erro. Por mais que eu leia ou pesquise, sempre fica aquele frio na barriga. Mas então mergulho de cabeça e continuo, até pelo menos achar a minha satisfação." Marcia Dantas, autora do livro Reescrevendo Sonhos e dos contos Ainda Estou Aqui e (Des)amor.
"Meu receio veio ao perceber que as pessoas achavam que meu livro era sobre religião. Muitos nem deram uma chance e quando eu perguntei, me disseram que não gostavam de livro religioso. Daí eu respondia: nem eu! As Crônicas de Adulao falam de ficção histórica. Teve muito blogueiro que esperava lutas medievais e fez essa ressalva, mesmo eu dizendo que a história se passa na Ásia Menor, e na Era do Bronze. Enfim... fico tentando garimpar leitores que não esperem romances açucarados, mas tive muito cuidado em explicitar nas sinopses que meu livro não tem isso, para não vender 'gato por lebre'. O primeiro livro a série foi lançado em 2013. O quarto, esse ano. E não há preconceito que um bom papo literário não consiga desfazer." Carla Montebeler, autora da série As Crônicas de Adulao: O Vale de Elah , O Bosque de Hetete, O Deserto de Maom, A Fortaleza de Jebus.
Eu achei a pergunta do Adrian maravilhosa. Afinal, insegurança é muito comum.
E você, autor, blogueiro, também fica inseguro quando escreve algo diferente? Conte pra gente.
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Sabe aquela pergunta que você sempre quis fazer? Essa é a sua chance!
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OBS: Se você é autor e quiser participar das próximas edições, será muito bem vindo. Participe do grupo, pois lá eu explico direitinho como funciona essa coluna e sempre tem algo muito legal rolando por lá.
Oi, Gi!
ResponderExcluirEu estou amando essa coluna!
Eu fico insegura quando escrevo com muita sinceridade algumas coisas porque sei que vou causar polêmica hahahahhahaha
Beijos
Balaio de Babados
Participe da promoção de aniversário do blog Crônica sem Eira
Olá, Gih.
ResponderExcluirAcredito que insegurança constante não deve ser algo bom, afinal, atrapalha. Contudo, um certo receio, vez ou outra, é interessante. Eu mesmo já senti. Isso nos motiva a melhorar.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de julho. Serão quatro livros e dois vencedores!
Oi, Gih!
ResponderExcluirAcho que a insegurança, desde que não paralize, é normal. Acredito que em tudo que fazemos colocamos um pouco de nós, mesmo que superficialmente não pareça. Então é claro que surge, em quantidades variáveis em cada pessoa, o receio de se expor, de receber críticas, de ser interpretado errado... Porque mais do que fruto do seu trabalho, o que o autor entrega é um pouquinho de si.
Beijos, Entre Aspas
Que demais esse tipo de post! Eu acho que sentir insegurança é algo normal, né? Ás vezes quando faço posts diferentes ou textos com meus sentimentos sinto um pouco de insegurança sim, mas posto mesmo assim porque já deixei o medo e a insegurança me paralisarem uma vez, não vou deixar acontecer de novo ^^
ResponderExcluirUm beijão,
Gabi do likegabs.blogspot.com ♡
Gi, amei a ideia do grupo e já solicitei a entrada <3
ResponderExcluirBem interessante a pergunta. Eu sempre fui muito falar sem pensar, sabe? Mas vez ou outra bate aquele receio do que os outros vão pensar, sim.
No entanto é como você disse: problematizar sim, problematizar sempre hahahaa
posso até ter um medinho, mas não deixo de falar por causa disso :p
Beijos,
Kemmy - Duas Leitoras
Olá, Gih.
ResponderExcluirQuando a gente se propõe a escrever qualquer coisa, sempre está sujeita a criticas negativas e positivas. E quando é algo diferente então, ai que o bicho pega hehe. O medo da não aceitação, acho que visita sempre. mas acredito que tem publico para tudo. Sempre vai ter alguém que gosta do rosa e alguém que gosta do azul, ou que goste dos dois hehe.
Blog Prefácio
Muito legal. Adorei saber a opinião de cada escritor/autor, pois é uma pergunta bem pessoal, e a gente não imagina as coisas que os autores passam, as dúvidas até a publicação e também depois da publicação do livro. Parabéns pela iniciativa de mostrar vários autores e suas opiniões. Quero ver mais perguntas por aqui :D
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi Gi!! Adorei as perguntas e conhecer mais sobre sua profissão. Acho que o importante é vc estar feliz com o que vc escreve e não se tornar "escravo" das modinhas, ou de um público. Posso estar bem errada, mas livro bom é livro bom, não importa o gênero, né?
ResponderExcluirAdorei o post!!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Olá Gih!
ResponderExcluirAdorei participar ao responder essa pergunta. E também adorei ler as outras respostas!
Coluna "maravelhosa"!
Beijos!
hahha, que bom que gosta Ane <3
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