Não que você precisasse da minha permissão, afinal, você já havia partido há muito tempo.
Mas é que finalmente eu te deixei partir do meu coração.
Te deixei ir, sem te puxar de volta.
O engraçado é que eu nem percebia que estava tentando te segurar.
Eu sempre achei que era você que queria ficar ali, que me queria ao seu lado.
Era você o garoto bobo apaixonado não era? Eu não. Eu era a garota forte, indiferente, que nem ligava para o que viesse a acontecer. Era assim que nossos amigos nos definiam...
E eles não podiam estar mais errados.
Fiquei te segurando dentro do meu coração por tanto tempo...
Te prendi porque acreditei que fosse o amor da sua vida,
que você me amava e amaria para sempre.
Acreditei tão cegamente nessa verdade, que nem me dei conta quando ela deixou de ser absoluta.
Passei tanto tempo te prendendo e dessa forma me algemei ao que acreditava.
Por tanto tempo deixei de fazer coisas em nome de um amor que não existia há tempo demais.
E veio a verdade como um soco no estômago. Doeu. Mas também foi um alívio.
Só quando te deixei partir, é que percebi eu estava presa também. E então me libertei.
Ser o amor da vida de alguém é muita responsabilidade, sabia?
E agora eu sei que estou livre dessa pressão.
E tudo bem.
Por que eu aprendi que não preciso ser o amor da sua vida. Nem da sua, nem de ninguém mais. Só da minha.
É isso. Sou o amor da minha própria vida.
E então, quando eu te deixei livre é que eu também pude partir.
Eu não posso ser a mulher da sua vida porque já sou a mulher da minha.
As vezes você ler o poema, as vezes o poema te ler! Sempre digo que eu sou minha!
ResponderExcluirUma Pandora e sua Caixa
Olá Gih!
ResponderExcluirMais um texto maravilhoso. Acho que algumas vezes a gente se prende ao passado mesmo, se prende a coisas e sentimentos que não existem mais e isso é devastador. É tão bom quando a gente se liberta!
Beijos!