segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O nome em seu pulso - Helen Hiorns

E aí, galerinha. Tudo bem com vocês? 

Aqui está tudo ótimo!!!!

Então vamos de resenha?


Título: O Nome em seu pulso
Autora: Helen Hiorns
Páginas: 256
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Sinopse: No mundo em que Corin vive, logo nos primeiros anos de vida o nome da sua alma gêmea é marcado para sempre no seu punho. A busca pela pessoa predestinada pode durar anos, até mesmo décadas. Mas e se você nunca encontrar essa pessoa? Ou se encontrar e simplesmente não amá-la? E se, como Corin, a última coisa que você quiser é ser encontrado? Com essa obra, a autora ganhou o prêmio Sony Young Movellist.



PORQUE QUANDO OS HOMENS ESCOLHEM SEMPRE FAZEM ISSO ERRADO

Minha opinião: O nome em seu pulso era um livro que eu queria ler há muito tempo, mas ele não é facilmente encontrado em qualquer esquina. Na verdade ele é tão difícil de encontrar que eu achei que ele se tratasse de uma edição independente. Isso e também o fato de essa capa ser tipo a coisa mais horrorosa na minha estante. Calma, gente. Claro que existem capas lindas de autores independentes. Mas a distribuição para um autor independente é difícil e a verba para pagar bons capistas nem sempre existe. Não estou menosprezando o trabalho dos autores que trabalham sem editora. Afinal, eu também optei por isso. Eu estava completamente enganada. O nome em seu pulso não é edição do autor e além disso ele é um livro premiado. Pois é! Mas nunca que nunca se eu visse essa capa na livraria seria atraída para esse livro. 


Mas como não é a gente que escolhe o livro e sim o livro que escolhe a gente, me vi muito atraída por essa história. E isso é totalmente compreensível. Adoro distopias e adoro romances, então não tinha como O Nome em seu pulso não fazer meu pulso coçar para eu liberar minhas moedas e comprá-lo.

 

O Nome em Seu Pulso é narrado em 1ª pessoa pela Corin. No tempo em que ela vive, tudo é definido pelo governo. Onde você vai estudar, em qual turma, quais matérias, qual especialização, onde trabalhará... Mas o foco do livro é que todo mundo possui um "Carpinomen" em seu pulso. Esse nome é recebido quando você ainda é muito jovem. E o nome ali é o da sua alma gêmea. Sua função é encontrar a pessoa que também possui seu nome e viver com ela feliz para sempre. 

Talvez aqui, os desconstruidões irão argumentar que esse livro é machista, sexista e problemático. Que afinal, com tantos assuntos para focar, a autora resolveu focar logo no romance. 
Bem minha gente, sinto em decepcionar vocês, mas eu não concordo. Na verdade eu acho que a autora foi muito feliz com essa escolha. Para mim O Nome em seu pulso é uma crítica muito forte a idealização dos romances. E cá entre nós, esse amor idealizado é uma forma de prisão e de manter a "sociedade" nos trilhos. Ou melhor, é uma boa forma de manter as mulheres presas. Presas a relacionamentos abusivos, presas na ideia de que devem salvar a relação, presas na ideia de que as outras mulheres são inimigas. 

E Corin não aceita nada disso. Ela não quer que ninguém defina o que ela deve ser, com quem deve andar e o que deve pensar. Então ela inventa que seu "Carpinomen" é TOMAS. O nome mais comum do local onde ela mora. E assim, ela pode ter vários namorados e sair com vários carinhas. Afinal ninguém sabe que tudo não passa de uma grande mentira. Isso porque o nome da sua alma gêmea deve ficar escondido e ser mostrado apenas na lua de mel. Cês sentiram a crítica aqui? 


Esse plano está dando certo até que Corin conhece Colt. Uma amizade nasce ali. E claro, como em toda boa distopia jovem, um romance surge ali. Mas e então... Será que Colt é o carpinomen de Corin? E será que ela é o de Colt? 

Confesso que passei todas as 256 páginas torcendo pela Corin. Sei que ela é uma personagem que não agrada muita gente. Aliás, esse foi um dos motivos que me fez querer ler essa obra. A quantidade de críticas que li a respeito da personagem ser uma rebelde sem causa e intragável. Não tenho como defender Corin. Ela é isso mesmo. Rebelde, mas ao mesmo tempo não sabe como lutar, é birrenta, briga com todo mundo, é mentirosa, preconceituosa... Mas ela é extremamente real e foge do papel menina boazinha que a maioria das protagonistas são. Além disso, me identifiquei muito com a Corin. Não hoje, claro que não. Mas a Gih adolescente foi mais Corin do que gostaria de confessar. Mesmo assim, eu mudei. E terminei o livro com a esperança de que isso pudesse acontecer com Corin... Ou não! Você vai ter que ler para saber. 

Além disso, o livro aborda vários assuntos, como depressão, suicidio, relacionamento abusivo... e lá para o final tem uma reviravolta de fazer cair os butiá do bolso. 

O romance é uma gracinha e Colt é um fofo. Quando ele apareceu eu pensei: babaca! Três linhas depois eu já estava querendo escrever o nome dele no meu pulso ahhahahaah 

A escrita da Helen é fluida, fácil, gostosa e ler esse livro foi como ouvir uma história muito boa contada por uma amiga muito querida. Corin apesar de todos os defeitos ganhou minha empatia e eu torci por ela do começo ao fim. 

Enfim, para mim, o único defeito de O Nome em seu pulso, mas que nem cheg a ser tão defeito porque não ligo tantooooo assim pra isso é que a capa é horrorosa. Isso só me deixa triste porque sei que a história poderia chegar a mais leitores se o capista tivesse caprichado um pouquinho mais. 

Então eu acho que você deve comentar aqui o que achou da resenha e correr para tentar encontrar esse livro em algum lugar. Se você gosta de escritas leves, mas que abordam temas importantes, esse é o livro que falta na sua estante. 

Um beijão e até a próxima! 

4 comentários:

  1. Olá Gih!
    Logo lembrei da sinopse desse livro, devo ter visto ele por aqui mesmo. haha
    Vontade para ler este livro não me falta e depois da sua resenha a vontade aumentou mais ainda, adoro distopias românticas =D
    Beijos!

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  2. Oi Gih,
    Então essa capa realmente é estranha mas não por eu achar ela feia e sim por ela não dizer muito da história, vendo isso e esse título eu pensaria que isso é um Drama e não uma Distopia. Fiquei animada ao ler o começo da sua resenha quando você fala da nova sociedade e tal, mas dai você comentou que a autora focou somente no romance e ai já me perdeu (foi a mesma coisa que aconteceu com a trilogia da Seleção, queria tanto mais saber do mundo que girava em volta e ela ficava só no romancezinho), infelizmente por isso perdi minha vontade. Rs.Mas adorei a resenha e que bom que você conseguiu seu exemplar.
    Beijos
    Raquel Machado
    Leitura Kriativa
    http://leiturakriativa.blogspot.com.br/

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  3. Ooi Giih!! Tudo com você, linda?
    Nossa, tenho que concordar com você que essa capa não funciona e eu também passaria direto na livraria.. Mas ainda bem que li a sua resenha, porque agora fiquei super interessada an história! Quero conhecer Corin, gosto de personagens assim rebeldes, que na verdade são um retrato de muita gente e pode ter muito anos ensinar.. Além de torcer, já que esse Colt parece arrancar suspiros né. Fiquei super curiosa para saber como a história acaba! E mais animada por você falar que envolve todos esses temas ^^
    E outra coisa.. chegou Isso também é preconceito aqui em casa e eu não podia estar mais feliz!! <3 comecei a ler já e assim que acabar vou fazer post especial lá no blog! ameeei o prólogo que você escreveu, já começa arrasando! e depois vem o seu conto que dá super para ver como é real tudo aquilo, infelizmente.. mas enfim, estou amando!!!
    beeijo

    http://lecaferouge.blogspot.com.br/

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  4. Acho que lembro de quando esse livro estava para sai, rolou concurso para escolher a capa e essa ganhou haha A outra eu não lembro como era hahah Eu concordo com você, alguns livros nos escolhem e nos perseguem até que venhamos a ler os danados! Já faz um tempo que não vejo esse livro aparecer em minha TL, gostei da sua resenha e corro o sério risco de da uma chance ao livro caso cruse com ele por ai. Aliás, heroínas perfeitas tendem a ser tediosas, como se identificar com alguém casta, pura, de alma limpa sempre e sempre se nós não fomos assim?!?!?

    Jaci
    Pandora e sua Caixa

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