domingo, 15 de novembro de 2015

Orgulho e Preconceito - Jane Austen

Olá pessoal, tudo bem com vocês??? Hoje estou aqui para trazer a resenha de Orgulho e Preconceito. Quem me indicou esse livro foi a Sil, do Blog Prefácio, através do projeto Tá na estante, não leu? Seu amigo escolheu!



Ela me indicou no dia 13 de setembro... nem preciso dizer que demorei um bocadinho para consegui ler, não é mesmo? Mas li. Isso é que importa, hahaha. E hoje trago a minha opinião para vocês. Vamos conferir??? 



Título: Orgulho e Preconceito 
Autora: Jane Austen
Páginas: 400
Skoob
Sinopse: Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, ORGULHO E PRECONCEITO, antes dos 21 anos de idade. 
Originalmente, a obra foi intitulada "Primeiras Impressões", devido às aparências dos personagens envolvidos na trama. Entretanto, por também se preocupar com os preconceitos causados pelo julgamento dos personagens, a autora decidiu que ORGULHO E PRECONCEITO seria um título mais apropriado.
Assim como em outras obras de Austen, o livro é escrito de forma satírica. Casamentos não convencionais e infelizes são usados como contexto para denunciar elementos com os quais a autora discorda e para focar nas pessoas frívolas e ignorantes que caracterizam a sociedade contemporânea ao Século 18.
ORGULHO E PRECONCEITO pode ser considerado como especial porque transcende o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o autoconhecimento pode interferir nos julgamentos errôneos feitos a outras pessoas.
A autora revela certas e posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e satírico ao livro. A história é contada sob a perspectiva de Elizabeth, mas não foi elaborada em primeira pessoa, resultando na falta de situações comoventes e dramáticas. Há pouca descrição de cenários e o desenvolvimento da trama é composto pela interação entre ideias e atitudes dos personagens. As emoções e sentimentos devem ser decifrados por quem decidir mergulhar na obra de Jane Austen, uma vez que encobertos nas entrelinhas do texto.
A escritora inglesa apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz em ORGULHO E PRECONCEITO; ela é capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso.
O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para uma caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.
O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século 18. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. De fato, ele parece se interessar bastante por Jane, sua filha mais velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs e o Sr. Darcy, seu amigo, comparecem. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira.
Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século 18. 




Minha opinião: Este era um livro que eu queria ler há muito tempo, mas que nunca surgia a oportunidade (tempo), então quando a Sil me indicou, fiquei muito feliz. 

A verdade é que só fiquei feliz até abrir o livro kkkk. Ok, podem me julgar, mas vamos a resenha. 


Eu acho que todos conhecem  história de OeP, mas para quem não conhece, vou resumir aqui um pouquinho. 

A história se passa no século XVIII, época onde tudo o que uma mulher poderia querer é um marido. A Sra. Bennet tem 5 filhas, todas solteiras, o que é um absurdo. Mas ela tem a chance de mudar isso quando dois belos rapazes ricos e solteiros surgem nos arredores: o Sr. Bingley e o Sr. Darcy. O primeiro encanta a todos, o segundo nem tanto. 

Com algumas danças e meia dúzia de palavras, Bingley já está perdidamente apaixonado por Jane, a filha mais velha. Mas a família Bennet não tem dinheiro algum e é de conhecimento de todos, que o que um homem procura em um casamento, são motivos além da felicidade. 

A partir daí a história se desenvolve. Bingley está apaixonado por Jane, mas o amigo não aceita esse relacionamento. Mas o que aconteceria se Darcy, também se descobrisse apaixonado por uma mulher que não possui fortuna? 

Sei que o livro é antigo e se passa em uma época muito diferente da nossa. Entendo a questão histórica, mas não consigo tolerar. Eu, Gislaine, não consigo gostar de algo que vá tanto contra o que acredito. Não consigo aplaudir um livro que fala sobre casamentos arranjados, interesses matrimoniais, desespero das mulheres para terem um homem. Mais uma vez, entendo a época em que se passa a história. Mas para mim não dá. Não dá! 

Acho tudo muito bizarro. As pessoas se apaixonam em uma dança, analisam quem é mais bonita, prendada e delicada e então essa passa a ser favorita. Por que né, o homem tem todas. Ele escolhe a favorita. As  pessoas tiram conclusões em uma conversa. Falou oi já sabe se ama, se odeia, se é boa ou má pessoa. 

As mulheres são idiotas o tempo todo. É uma competição para ver quem tem o laço mais belo e quem consegue preparar o melhor jantar, quem tem os melhores criados e quem teve suas filhas casadas primeiro. Ok, é uma crítica, tudo bem, sou capaz de entender isso. Mas Lizzi é considerada um exemplo a ser seguido até hoje. Como assim cara? Ela se acha melhor que todo mundo, vive falando o quanto as irmas (menos Jane)são tolas e fúteis. Logo ela, que não queria saber de Darcy ate ver sua mansão. 

" Estavam eles todos calorosos em sua admiração; e, naquele momento, ela sentiu que ser a dona de Pemberly poderia ser algo!" 

Logo ela, que fica muito contente ao perceber que é muito mais feliz que Jane.

"Sou mais feliz do que Jane; ela apenas sorri, eu rio." 

Realmente não consigo enxergá-la com um exemplo. Só se for exemplo de hipocresia. O que pode ter sido a ideia de Jane Austen, mas não vejo ninguém vendo por esse lado. 

Ok, é bem verdade que quando Lizzi quer, é realmente uma mulher dura, inteligente e forte. 

"Sr. Darcy, sou uma criatura muito egoísta; e, com o fim de aliviar meus sentimentos, não me importo muito que eu possa estar ferindo os seus."

Mas daí dizer que ela é um exemplo... acho um pouco forçado.

Darcy também é um cara estranho. Ok, ele realmente faz coisas lindas em nome do amor. Será mesmo? Ou será que ele faz apenas por que não é capaz de ver o nome da sua família associado a uma mancha tão horrível? 

E que mancha não é mesmo? Uou. Por que não casar, perder a virgindade e afús da vida, são realmente coisas terríveis que não podemos tolerar. Mais uma vez eu afirmo, entendo a questão histórica. Mas gente, eu sou a Gih, que quer sambar o tempo todo na cara dos conceitos da sociedade. É claro que o livro não funcionaria para mim não é mesmo? 



Bem, vamos parar de reclamar da história e vamos reclamar da diagramação do livro. A versão que eu li, é aquela de capa dura, bilíngue, que deveria ser a edição de luxo. Deveria gente, por que as letras são minúsculas, o espaçamento nem existe, os capítulos mudam, mas a página não. E como há poucos diálogos, a leitura se torna massante. Mas pelo menos as páginas são amareladas. Então essa é uma edição que não indico para leitura. Ela é linda para se ter na estante, mas não é ideal para leitura. Ah sem falar que nessa edição está cheio de erros de digitação. Letras faltando e por aí vai. 

Acho que todo mundo aqui já leu o livro, então acho inútil dizer que não indico kkkkk. Mas se você ainda não leu, leia. Acho importante conhecermos esses clássicos. Eles são importantes para a nossa história. Mas eu digo que quero distância de Jane hahahh. 

E eu fico por aqui. Um beijão e até a próxima!!! 




OBS: Importante deixar claro, que essa é apenas a minha opinião sobre a obra. O que eu achei. Nada além disso. Gislaine Oliveira

21 comentários:

  1. Hahahahah! Gostei de ver sua opinião Gih! Tem coisa que passa batido e as pessoas nem percebem... Eu li Orgulho e Preconceito e achei um clássico legal, mas n amei taaanto qnt os outros, e tbm n concordo muito com essa história de exemplo, ou que o Darcy é tão maravilhoso assim. Mas admito que o filme é de tirar o fôlego, tanto que o prefiro mais do que o livro.
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ainda não vi o filme carol, mas quero ver. Até quem é fã diz que o filme é melhor <3
      Beijooos

      Excluir
  2. Oi, Gih!
    Gostei sua opinião. Eu tenho esse livro na estante, mas ainda não li. Na verdade, eu comprei mais por ser um clássico e gostei da última adaptação. Mas por suas razões que não curto romances de época: casamentos arranjados, os esnobes etc...
    Sobre o livro das escravas sexuais, se chama The V Girl. A guria vive num mundo onde estupro e escravidão sexual são permitidos. O assunto é tenso, mas a história está interessante.
    Beijos
    Balaio de Babados

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é Lu, isso me incomoda :P
      Ahhh ta, entendi. Acho que não iria gostar, não sei :P
      beijooos

      Excluir
  3. Olá, Gih.
    Quando vi esse livro lá na sua estante e sabendo sua opinião sobre o assunto, é claro que escolhi ele para ler sua resenha e esperar as criticas que viriam com certeza hehe. Eu não acho que a Lizzie deve ser considerada um exemplo, tanto que a autora usa ela para exemplificar o preconceito. Ela é preconceituosa sim. Agora quanto a casamentos arranjados, era o costume, mesmo que não concordemos com isso hehe. É uma pena que a edição que você leu está tão ruim. Eu li a edição que tem três livros da autora e estava boa.

    Blog Prefácio

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas muita gente acha a Lizzi um exemplo :( Isso me assusta :P Fico feliz que você não pense assim <3
      Pois é, a minha edição é linda, mas contém muitos defeitos :P Mas já troquei ele hahahah
      Beijooos

      Excluir
  4. Olá Gih,

    Uma pena você não ter gostado do livro, um dos meus favoritos e o título já diz do o livro se trata em uma época difícil para as mulheres e para mim via muito além do que orgulho e preconceito, mas é assim nada é unânime....bela resenha...bjs.


    http://devoradordeletras.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  5. Oi, Gih, tudo bem?

    Eu ainda não li o livro e nem assisti ao filme. Eu gosto muito de romances de época, mas não chego ao extremo de desejar ter vivido em tempos como aquele, sabe? Algumas pessoas desejam e isso é bem estranho...
    Eu acho que tudo tem a ver com o que era normal para a época em questão. O conceito de normalidade muda com o passar do tempo, né? O que era normal antigamente é anormal hoje. Daqui a uns 150, 200 anos, o conceito de normalidade provavelmente vai mudar e o que é normal hoje pode ser inimaginável no futuro...
    Naquela época as mulheres não pensavam...pareciam até seres programados...aprendiam a dançar, costurar, bordar, cozinhar, a se comportar, tudo em nome de um belo casamento...era a realidade delas, era normal pra elas...elas eram quase como cavalos que usam tapa para não poder olhar para os lados, apenas pra frente e nada mais! Triste, né?

    Um dia vou tentar ler esse livro, mas não agora. Tenho outras prioridades na frente. A Sil também me indicou nesse projeto e até hoje não li o livro que ela escolheu pra mim...tenho que ler!!! hahahaha

    Beijo
    - Tamires
    Blog Meu Epílogo | Instagram | Facebook

    ResponderExcluir
  6. Gih, não conhecia o livro rs mas adorei saber sua opinião sincera!

    www.blogamorarosa.com

    ResponderExcluir
  7. OI
    interessante a sua opinião, bem diferente e pena que não gostou do livro por fugir do que você acredita,
    eu tenho interesse de ler esse e conhecer essa história que muitos falam.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  8. Olá, Gih.
    Eu já li o livro e gostei. Ou melhor, o achei infinitamente melhor do que os outros romances de época. Não é um dos meus livros favoritos, mas achei interessante a crítica.
    Contudo, concordo com você: a protagonista não é a santa toda que pintam, não mesmo.

    Desbrava(dores) de livros - Participe do top comentarista de novembro. Você pode ganhar um livro incrível!

    ResponderExcluir
  9. Oie,
    o livro é lindo neh, o melhor da época. O filme tb é incrível, mas confesso que vi o filme primeiro e depois criei coragem de ler o livro rsrsrsrs

    bjos
    http://blog.vanessasueroz.com.br

    ResponderExcluir
  10. Oi Gih!!!
    Uma das coisas que mais gosto nas suas resenhas é a sinceridade. Sempre quando você traz sua opinião aqui para o blog sobre um livro que desejo ler fico dando pulinhos de alegria, pois sei que terei uma visão real dos fatos. Mas... discordo com você em relação a "Orgulho e Preconceito" rs. Eu vejo esse livro de forma diferente. Ele não é sobre mulheres tolas e fúteis que só pensavam na caça ao marido rico, na verdade isso é um fato da época, algo que infelizmente não podemos mudar. O ponto principal é a crítica da Jane à sua sociedade. Escrever um livro e publicá-lo naquela época não era nada fácil para mulheres, mas mesmo assim Jane foi em frente e seguiu seu objetivo. Mais do que escrever romances, ela conseguiu apontar as injustiças da época de forma sarcástica e com humor. Mas é claro que, como uma romântica que era, seus livros teriam um final feliz. :)
    Gostaria muuuito que você lesse "A Promessa da Rosa" da Babi A. Sette, de verdade. Ela traz o romance de época com um novo olhar e gostei muito do resultado. Eu sei que você não gosta do gênero, mas como falei, adoro suas resenhas e fiquei com curiosidade para saber sua opinião sobre esse livro, Será que sua opinião mudaria? ^^
    Ps. Desculpe falar minha opinião, tá?
    Beijosss,

    versosenotas.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Bá <3 Imagina, não precisa pedir desculpas =D
      Assim como eu sou sincera, pode ser sincera em sues comentários :) Acho que isso é importante. Essa troca de opiniões
      Ah sim, foi como eu disse, acho importante lermos esses clássicos, pois eles foram importantes para a história e para a literatura.
      Prometo que vou tentar ler o livro da Babi, mas não garanto nada, heheheh
      Beijão

      Excluir
  11. Ainda não li, mas sou louca para ler.
    Adorei a premissa.

    www.detudopouco.com.br

    blogliteraturanacional.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  12. Olá Gih!
    Esse é um dos clássicos da literatura mundial praticamente. Eu vi o filme e gostei bastante. =D
    Acho que eu não teria tanta raiva quanto você, eu sou bem mente aberta e entendo perfeitamente todo o contexto e época que a história se aplica. Claro que entendeste isso também, mas mesmo assim ficou revoltado. No meu caso, acho que entenderia. Era outros tempos... Infelizmente, ou seria felizmente? Acho que felizmente!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  13. Nossa, Gih! Nossas opiniões foram assim 100% opostas. Orgulho e Preconceito, desde que li em 2010, é um dos meus livros favoritos e adoro a personalidade ácida de Elizabeth e o comportamento duvidoso de Darcy. Como os dois são tão errados e ao mesmo tempo tão corretos em várias de suas ações, sinto como se o livro fosse uma visão "através das cortinas" da sociedade daquela época. Muitas vezes me sinto como um ponto de intersecção entre Jane e Elizabeth, então, gosto de ver as características positivas e negativas de ambos os comportamentos. Fico triste que você não tenha gostado desse primeiro livro que você leu da Jane Austen, mas ainda acho que você deveria dar uma segunda chance a autora hahahahahha Beijinhos, Beatriz.

    www.odiariodeumaescritorainiciante.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. hahah pois é, geralmente dou uma segunda chance aos autores. Mas todos dizem que esse é sua obra prima então fico com receio hahahah. Talvez, talvez, uma dia, quem sabe, eu leia kkkkkk
      Beijooos

      Excluir
  14. Olá!!
    Nossa que bom alguém que não gostou dessa historia também rsrs
    Não li o livro e nem pretendo ler, pois vi o filme e não gostei mesmo, mais o incrível é que sempre vejo todo mundo dizer muito bem do livro, nunca tinha visto alguém dizer que não gostara desse livro. Mas é isso né cada um tem uma visão diferente e e compartinho da sua Jane Austen, quero distância!!
    Bjocas

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Rose. Sério que você não curtiu o filme? Ainda não vi, mas todos dizem que é melhor que o livro hahaha. Quero ver ainda, para saber se vou gostar, mas pelo menos se não curtir, já sei que não sou a única hahahah
      Beijão

      Excluir
  15. Olá! Bom, não posso opinar que concordo ou discordo. Ainda não li o livro. kkkk Mas essas questões que você sitou realmente irritam. Sei lá... só lendo para saber.
    Beijos,
    Monólogo de Julieta.

    ResponderExcluir