terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Porque eu acho que você não devia ficar com um cara comprometido

Não. Esse não é um texto puritano, nem mesmo uma lição de moral. Longe de mim. 
Longe de mim também usar o senso comum. Cruzes. Rezo todos os dias para ser capaz de produzir minha própria opinião e graças, o meu pedido vem sendo atendido. 
Mas vale alertar que esse texto pode causar um certo incômodo. Talvez por algumas palavras de baixo calão, ou pelo pensamento fora do padrão. Mas seja como for, esteja a vontade para abandonar a leitura agora mesmo ou seguir até o fim. 

Quando a gente fala em ficar com um cara comprometido a gente ouve sempre os mesmos discursos ultrapassados. 

"Aquela lá é uma piranha. Deu em cima do cara. Acabou com uma família."

Ultimamente, até que temos ouvido bastante: 

"Ah, mas se ela sabia tá errada também. Porque devia ter ficado longe. Se ele não respeita a namorada, ela deve respeitar. Onde fica a sororidade?" 

Esse é um argumento muito utilizado por feministas. Nada contra, inclusive sou. Esse discurso seria muito lindo se não fosse tão semelhante ao primeiro. Mais uma vez tiramos a culpa do homem e colocamos toda a responsabilidade na mulher. Nenhuma novidade nessa vida. Ela, a mulher, deve respeitar o relacionamento que nem ele, o comprometido, respeita. PQP. Se o cara não respeita a namorada, porque as outras minas, que talvez nem a conheçam ou que não vão com a cara da dita cuja devem respeitar? Me poupe! Nos poupe! 

Utilizar esse argumento além de ser ridículo (tamanha semelhança com o primeiro discurso) também é cruel. Porque não podemos esquecer que muitas amantes também vivem uma relação abusiva. Ah não? Ah tá, só a corna agora que é enganada e manipulada. Cês tão olhando novela demais. 

O único motivo pelo qual eu acho que você não deve ficar com um cara comprometido é porque as chances de você se machucar são infinitas. E na certa que você será provavelmente a pessoa mais ferrada na situação. A chance do casal de pombinhos se unir contra você é gigantesca. 

Pensa comigo. Se o cara não respeita nem a namorada, aquela com quem ele posa em todas as fotos, apresenta pros amigos, dorme de conchinha e leva no churrasco de família, porque diabos ele respeitaria você, que apenas trepa com ele de vez em quando? 

"Ah, mas comigo é diferente!" Miga, se tem uma coisa que eu aprendi nessas andanças é que se um homem trata mal/trai todas as outras mulheres, você não é a exceção, você é a próxima. 

Quando você foge de uma encrenca dessas, você não tá salvando um namoro, um casamento, não tá protegendo a namorada. Cê tá é fazendo um favor para você mesma. 

Já ouvi muito o discurso "fulana devia me agradecer. Se não é corna é porque eu não quis." Amiga, deixa eu te contar a verdade. Fulana é corna. E como é corna. Com a sua ajuda e sem a sua ajuda. Cê acha mesmo que ele precisava de você? Ô mulher, não fosse você seria outra. Você só fez um favor para você mesma fugindo de um embuste desses. Cê fica se achando muito especial, porque ele sempre te procura. Sabe porque ele sempre te chama anta? Porque tu é trouxa e vai correndo. 

Favor pra ela, seria se ela descobrisse, que daí podia pular fora dessa fria. Mas como a chance dela ficar do seu lado é muito pequena, torcemos apenas para que a vida mostre a ela. E assim, quando ele estiver com outra e procurar por ela, a dita cuja vai perceber que a vida não tira nada da gente. Ela nos livra. 

E é por isso, e somente por isso, que eu acho que você não devia ficar com um cara comprometido. Porque a chance de você sair fudida e mal comida é enorme. Agora se você não sente nada (NADA MESMO) pelo cara, vai lá. Vai em paz. Só nunca, em hipótese alguma, se apaixone. 



Gislaine Oliveira gosta de pensar fora da caixa. Metade das pessoas a odeiam por isso. A outra metade, quase nunca entende o que ela pensa. E ela também se inclui nesta lista de vez em quando. Mas tudo bem. Gislaine não tá nessa vida pra ser entendida. É aquela história, quem faz sentido é soldado. A gente só tá nessa vida pra gerar a dúvida, a pergunta. A resposta, cada um encontra a sua. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

"Então Tavinho me convidou para sair. Isso, esse mesmo, AQUELE Tavinho. O Tavinho que postou uma foto romântica e trocou o status para relacionamento sério. Argh. Só de pensar eu fico louca. Quem Tavinho pensa que é para se tornar particular? Hunf! 
Bem, pelo visto Tavinho não pensa nada. Bem que tentaram privatizá-lo, mas pelo jeito, o tal continuará a fornecer seus serviços. 
Eu juro que eu queria dizer não. Queria gravar a ligação, mostrar ao mundo. Tirar print. Fazer um B.O, pois isso é atentar contra a minha moral e meus bons costumes. 
Mas é claro que a tonta aqui não fez nada disso. Eu disse foi um sonoro e audível SIM. Com o "i" espichado desse jeito mesmo. SIIIIIIIIIIM. 
Eu sei, eu sou fraca. Mas é que só de pensar naquela boca, naquele beijo... Ok! Sejamos sinceros. O beijo não é nem de longe o que Tavinho tem de melhor. Aliás, não está nem entre seus top 10. Aposto todo o meu mísero salário que meu priminho de 12 anos beija melhor do que ele. 
Mas é que Tavinho tem alguma coisa. - Eu disse tentando explicar a mim mesma a minha total falta de vergonha na cara. 
- Tem sim! Tem namorada! - Foi o que minha consciência, muito mais forte que eu, me respondeu. 
Então quando Tavinho veio com toda a sua lábia, perguntando se estava tudo certo para a noite, eu permaneci na resposta de três letras. Mas desta vez: NÃO! Com o "a" espichado assim mesmo. NÃÃÃÃÃÃÃO." 


Gislaine Oliveira acha que Tavinho é um babaca, mas mesmo assim, gosta o suficiente dele para que hajam outros textos sobre esse personagem. E claro, sobre essa narradora, cheia da falta de vergonha na cara, mas com um pinguinho de consciência. 

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Só você pode ouvir - Kiminishika Kikoenai

Nem acredito que finalmente eu li este mangá... 

E aí, povo fiel. Tudo bem com vocês? Cá estou para mais uma resenha. Desta vez, creio que pequenina. Bora lá? 


Título: Só você pode ouvir
Autor: Kiminishika Kikoenai
Páginas: 191
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Sinopse: Só Você Pode Ouvir é a história de Ryo, uma garota com muita dificuldade de se comunicar com seus colegas de classe, e que queria muito ter um telefone celular, já que todos têm um. O desejo é tão forte que ela começa a imaginar como seria seu celular dos sonhos em todos os detalhes. Até que ela se imagina fazendo uma ligação pelo celular imaginário. Mas alguém atende. Tem uma pessoa do outro lado da linha! 



Minha opinião: Algum tempo atrás a blogsfera lotou de resenhas positivas sobre esse mangá. E claro, eu não poderia ficar de fora. Mas fiquei. Afinal só agora consegui ler. Mas li e isso que importa. 

Só você pode ouvir é um mangá de volume único, o que claro já ganhou meu coração. Nele, conhecemos Ryo, que é uma garota com dificuldade de interagir com as pessoas. Tudo piora quando todos os seus colegas começam a fazer uso do aparelho celular, mas ela não pode. 

Seu desejo por possuir aquele pequeno aparelho é tão grande que ela começa a sentir que realmente possui um. Mas ele não existe... ou será que existe? É durante uma aula que Ryo começa a ouvir seu telefone tocando. Ela atende, mas tem certeza de que está ficando louca, afinal ela não possui um celular. Porém, ao atender, ela tem uma surpresa. 

- Olá! Olá! Você pode me ouvir? 



É difícil falar mais sobre essa história sem dar spoilers. Mas posso dizer que é através desse celular que algo dentro de Ryo começa a mudar. 

Só você pode ouvir é uma história delicada sobre amizade e amor. É uma história que prova que apesar de sermos únicos, nunca estamos sozinhos. 

Sei que há o filme também, mas não encontrei para assistir. Acredito que ele deva ser muito bacana, pois a história abre espaço para a criação de um cenário delicado e encantador. Se eu conseguir assistir, em breve eu conto a vocês aqui no blog o que eu achei. 

Mas por hoje a gente encerra aqui. 

E você, já conhecia o mangá? Já leu? O que achou? Me conte! 

E se você curtiu a postagem, compartilhe com os amigos. 

Um beijão e até a próxima! 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Outro Dia - David Levithan

E aí, povo do bem. Tudo certinho com vocês? 

Cá estou para mais uma resenha e dessa vez é de um livro incrível. Afinal nem só de resenhas negativas eu vivo hahahhaha Bora lá?


Título: Outro Dia
Autor: David Levithan
Páginas: 322
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SKOOB
Sinopse: Um dos mais inovadores autores de livros jovem adulto e o primeiro a emplacar uma trama gay na lista do New York Times, David Levithan retoma a sua mais emblemática trama em "Outro Dia". Aqui, a já celebrada — com várias resenhas elogiosas — história de "Todo Dia" é mostrada sob o ponto de vista de Rhiannon. A jovem, presa em um relacionamento abusivo, conhece A, por quem se apaixona. Só que A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Mas embarcar nessa paixão também traz desafios para Rhiannon. Todos eles mostrados aqui.


Minha opinião: Quem me acompanha há mais tempo deve lembrar da resenha que fiz do livro Todo Dia. Foi um livro que mexeu muito comigo e que eu indiquei para todo mundo. 

Mas por algum motivo, nunca tive muito interesse em ler o livro Outro Dia. Mas eis que estou fazendo uma troca em um sebo e encontro esse livro. E eu pensei: por que não? 

Para quem leu o livro Todo Dia e espera uma continuação sinto em informar que esse livro não é isso. Outro Dia é a mesma história, porém desta vez narrado pela garota. 

Eu sei, eu sei. Também sou daquelas pessoas chatas que julgam os autores e editoras que visam apenas o lucro e que ficam criando apenas outros pontos de vista para a mesma história porque não são capazes de nada mais criativo. 

Porém, entretanto, todavia, Outro Dia não se encaixa nesta categoria de apenas lucro. Ele é muito além disso. Não é essencial para conhecermos a história. Mas acho que é essencial para entendermos a mesma. 

Ainda não gosto tanto assim de Rhiannon. Mas fui capaz de entendê-la um pouco mais. Fui capaz de entender os outros personagens de outra forma. A que para mim era perfeito, se mostrou, sob o ponto de vista de Rhi, uma pessoa um pouco diferente. Seu namorado, por outro lado, que parecia tão terrível aos olhos de A, se tornou um cara quebrado e possível de compreender ao olharmos para ele utilizando os olhos de Rhiannon. 

E isso foi muito bacana para mim, tanto enquanto autora, quanto enquanto leitora ou pessoa. É incrível como uma história pode mudar quando outra pessoa nos conta. É incrível como somos manipulados a enxergar apenas o que queremos, apenas o que querem nos mostrar. Ninguém é apenas uma coisa. Todos nós somos cheios de defeitos e qualidades. Às vezes achamos que uma pessoa é boa ou ruim, mas isso é apenas o que nos é mostrado. Somos mais do que apenas três letras. Resumir algo tão complexo, como nós mesmos e os outros, em apenas tão poucas características é inútil, pois não condiz com a verdade. 

Outro Dia foi um livro que eu não dava nada e terminou sendo o livro que acompanhado de Todo Dia eu indicarei para inúmeras pessoas. Ele vai muito além do que a maioria das histórias vão. Nada ali é verdade absoluta. Nada ali é imposto. Você vai terminar a leitura e algo terá mudado em você. Talvez não da mesma forma que mudou em mim. Mas talvez de alguma forma muito mais especial. 

Agora falando dados um pouco mais concretos do livro: 
Neste livro narrado em primeira pessoa conhecemos a Rhiannon. Ela vive um namoro complicado* até que um dia, seu namorado parece diferente e uma pessoa fantástica. No outro dia, ela conhece uma garota incrível. No dia seguinte, encontra uma estranha que parece sua amiga há anos. No próximo dia... Até que ela recebe uma informação: Todas essas pessoas que ela encontrou nos últimos dias são a mesma pessoa: A. 

Isso mesmo. Rhi conheceu alguém que é sempre a mesma pessoa, mas que todos os dias é outra pessoa. Alguém que todos os dias troca de corpo. Uma grande amizade e romance nasce ali. 

Será possível que o que sentimos pelos outros vá mesmo além das aparências? 

No livro anterior há um trecho que muito me incomodou, mas fico feliz em dizer que desta vez ele está fora. Para quem tem medo da história se tornar cansativa por se tratar do mesmo enredo, eu digo para ficar tranquilo. Como A e Rhiannon são pessoas muito diferentes e não tem tanta convivência física assim, é quase como se fossem duas histórias diferentes, apenas que se encontram em vários momentos. 

No final do livro Todo Dia eu chorei igual um bebezinho. Mas ao final de Outro Dia eu sorri. Sorri porque existe um pouquinho de esperança em cada um de nós. 

E por falar em esperança, eu tenho a esperança de que talvez David escreva a história sob o olhar do namorado da garota. Ele está longe de ser o cara dos sonhos. Mas está longe de ser o vilão pintado por A. Na verdade ele está mais perto de ser humano que apenas um personagem. 

Então eu fico por aqui, porque desta vez me estendi demaaaaaais. Por isso agradeço quem não desistiu e leu até o fim. Se você gostou, compartilhe com os amigos. E claro, não se esqueça de me contar se você já leu, se concorda ou se discorda de mim. 

Um beijão e até a próxima!


*Eu sei que quem vive um relacionamento abusivo muitas vezes não percebe. Mas de certa forma a Rhiannon percebe que tem algo muito errado naquela relação. Só que é impossível a gente não perceber que seu namorado também precisa de ajuda. Ele é terrível em muitos momentos? É, claro que é. Mas não dá para ignorar o fato de que ele também vive relações abusivas. E de maneira nenhuma eu estou dizendo para a gente ser condescendente com ele. É só para refletirmos o quanto o ciclo da violência acaba com a gente. 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Horror na colina de Darrington - Marcus Barcelos

Eu sei, eu sei, galera. Ando sumida. É que a vida aqui anda uma loucura, cês não tem ideia. Mas pelo menos é uma loucura do bem. A vida está nos trilhos, mas não está andando, ela está voando. Comecei minha pós, estou com um trabalho novo, comecei alguns projetos profissionais, fui pedida em casamento, ...Ufa!!! Mas pelo menos tudo é maravilhoso e isso que importa hahhaha. 

O que não é maravilhoso é o livro que vou resenhar para vocês. Ela, sempre ela, voltando com suas polêmicas hahahha Não reclamem que eu sei que vocês gostam \0/ 

Bora lá? 
Título: Horror na Colina de Darrington
Autor: Marcus Barcelos
Páginas: 144
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SKOOB Sinopse: Em 2004, Benjamin Simons deixa o orfanato em que viveu desde a infância para ajudar alguns parentes num momento difícil: com sua tia debilitada e o tio trabalhando dia e noite, precisavam de alguém para tomar conta de sua prima Carla, de apenas cinco anos de idade.
No entanto, certa madrugada, a tranquilidade da colina de Darrington é interrompida por um estranho pesadelo, que vai tomando formas reais a cada minuto. Logo, Ben descobre-se preso numa casa que abriga mistérios, onde o inferno parece mais próximo e o mal possui uma força evidente.
Passaram-se mais de 10 anos. Isso tudo aconteceu quando Ben estava com dezessete anos, e foram experiências das quais ele preferia esquecer completamente…
Mas aquele passado o acompanha de perto. Ben sente que precisa voltar e sabe que, ou desvenda tudo ou sempre viverá com medo. Então, ele decide contar, e traz numa narrativa angustiante e rica em detalhes tudo o que viveu e todas as batalhas impensáveis que travou para tentar manter a si próprio e a jovem prima em segurança. E se descobre no centro de uma conspiração capaz de destruir até a sua própria sanidade.
Onde termina o inferno e começa a realidade?


Minha opinião: Esse foi um livro que me atraiu assim que foi lançado. Apesar de ser extremamente medrosa para filmes, eu amoooo livros de assustar. Então claro que assim que esse livro teve seu lançamento eu desejei ler. 

Mas como estou com um projeto de diminuição (quase que anulação) de compras de livros novos, esperei uma oportunidade para trocar no Skoob Plus. E aqui estou eu para contar a vocês como foi a experiência da minha leitura. 

Assim que peguei o livro em mãos tive certeza de que ia amar a leitura. Um livro assustador, com poucas páginas, ilustrado, letras grandes, nacional. Tinha como não amar? Tinha!!! 

Horror na Colina de Darrington não é nem de longe assustador. Um pouco tenso em alguns momentos, verdade seja dita, mas não assustador. 

Nele conhecemos o Ben que conta uma situação sinistra que viveu muitos anos atrás na casa dos seus tios. Na minha opinião o livro poderia ter encerrado aí. Quando sabemos que o garoto sobreviveu e está psicologicamente estável (talvez eu esteja sendo injusta aqui, pois dizer que ele está bem é um pouco forçado, mas enfim) já conseguimos perceber que grandes assombrações não passaram pela vida dele. 

Mesmo assim, quando ele chegou na Colina de Darrington, eu senti um arrepio subindo pela espinha. Quem era a mulher pendurada no teto? Mas o arrepio logo desceu. 

Esse livro, me lembrou da coleção "Arrepio" E "Goosebumps" que eu lia quando criança. Por sinal são ótimos. Então na minha opinião, não é que o livro de Marcus seja exatamente ruim. Só que ele foi vendido da maneira errada. A galera do marketing mandou lembranças. Adquiri o livro esperando por uma coisa. E não recebi. Desejo meus créditos do skoob de volta :P Acho que o livro pode funcionar muito bem para as crianças, pré adolescentes e adultos mais medrosos. Mas não funcionou comigo. 

Mas como sou cruel, polêmica, mas ainda assim, justa, não posso deixar de dizer que apesar de tudo, Horror na colina tem uma escrita que te envolve. Apesar da história não ser o que eu esperava, não consegui desgrudar do livro até o seu final. 

Falando em final, ele não é de todo ruim, mas isso não significa que ele seja bom. Temos uma reviravolta bem tosca e nada convincente, que para mim, simbolizou o medo do autor de não agradar e por isso ele resolveu virar a trama nas últimas linhas. 

Sinto muito, Marcus, não funcionou. 

Agora falando sobre a edição, realmente nem eu posso reclamar. O livro é lindo. O corte é preto, as páginas são grossas, a diagramação torna a leitura muito fácil e a capa é bastante atrativa. 

Por fim só me resta dizer que Horror na Colina de Darrington está longe de ser um livro assustador (para pessoas não tão medrosas) e poderia ter sido melhor desenvolvido. Mas sei que muita gente gostou e como eu disse, acho que funciona muito bem pra garotada mais jovem. Então se você tem curiosidade, vai lá. Se tudo der errado, pelo menos você terá um livro lindo na estante. 

Então por hoje é isso. Alguém aqui já leu? Concordam, discordam? 

Se você gostou da resenha, compartilhe com os amigos. Um beijão e até a próxima! 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O nome em seu pulso - Helen Hiorns

E aí, galerinha. Tudo bem com vocês? 

Aqui está tudo ótimo!!!!

Então vamos de resenha?


Título: O Nome em seu pulso
Autora: Helen Hiorns
Páginas: 256
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Sinopse: No mundo em que Corin vive, logo nos primeiros anos de vida o nome da sua alma gêmea é marcado para sempre no seu punho. A busca pela pessoa predestinada pode durar anos, até mesmo décadas. Mas e se você nunca encontrar essa pessoa? Ou se encontrar e simplesmente não amá-la? E se, como Corin, a última coisa que você quiser é ser encontrado? Com essa obra, a autora ganhou o prêmio Sony Young Movellist.



PORQUE QUANDO OS HOMENS ESCOLHEM SEMPRE FAZEM ISSO ERRADO

Minha opinião: O nome em seu pulso era um livro que eu queria ler há muito tempo, mas ele não é facilmente encontrado em qualquer esquina. Na verdade ele é tão difícil de encontrar que eu achei que ele se tratasse de uma edição independente. Isso e também o fato de essa capa ser tipo a coisa mais horrorosa na minha estante. Calma, gente. Claro que existem capas lindas de autores independentes. Mas a distribuição para um autor independente é difícil e a verba para pagar bons capistas nem sempre existe. Não estou menosprezando o trabalho dos autores que trabalham sem editora. Afinal, eu também optei por isso. Eu estava completamente enganada. O nome em seu pulso não é edição do autor e além disso ele é um livro premiado. Pois é! Mas nunca que nunca se eu visse essa capa na livraria seria atraída para esse livro. 


Mas como não é a gente que escolhe o livro e sim o livro que escolhe a gente, me vi muito atraída por essa história. E isso é totalmente compreensível. Adoro distopias e adoro romances, então não tinha como O Nome em seu pulso não fazer meu pulso coçar para eu liberar minhas moedas e comprá-lo.

 

O Nome em Seu Pulso é narrado em 1ª pessoa pela Corin. No tempo em que ela vive, tudo é definido pelo governo. Onde você vai estudar, em qual turma, quais matérias, qual especialização, onde trabalhará... Mas o foco do livro é que todo mundo possui um "Carpinomen" em seu pulso. Esse nome é recebido quando você ainda é muito jovem. E o nome ali é o da sua alma gêmea. Sua função é encontrar a pessoa que também possui seu nome e viver com ela feliz para sempre. 

Talvez aqui, os desconstruidões irão argumentar que esse livro é machista, sexista e problemático. Que afinal, com tantos assuntos para focar, a autora resolveu focar logo no romance. 
Bem minha gente, sinto em decepcionar vocês, mas eu não concordo. Na verdade eu acho que a autora foi muito feliz com essa escolha. Para mim O Nome em seu pulso é uma crítica muito forte a idealização dos romances. E cá entre nós, esse amor idealizado é uma forma de prisão e de manter a "sociedade" nos trilhos. Ou melhor, é uma boa forma de manter as mulheres presas. Presas a relacionamentos abusivos, presas na ideia de que devem salvar a relação, presas na ideia de que as outras mulheres são inimigas. 

E Corin não aceita nada disso. Ela não quer que ninguém defina o que ela deve ser, com quem deve andar e o que deve pensar. Então ela inventa que seu "Carpinomen" é TOMAS. O nome mais comum do local onde ela mora. E assim, ela pode ter vários namorados e sair com vários carinhas. Afinal ninguém sabe que tudo não passa de uma grande mentira. Isso porque o nome da sua alma gêmea deve ficar escondido e ser mostrado apenas na lua de mel. Cês sentiram a crítica aqui? 


Esse plano está dando certo até que Corin conhece Colt. Uma amizade nasce ali. E claro, como em toda boa distopia jovem, um romance surge ali. Mas e então... Será que Colt é o carpinomen de Corin? E será que ela é o de Colt? 

Confesso que passei todas as 256 páginas torcendo pela Corin. Sei que ela é uma personagem que não agrada muita gente. Aliás, esse foi um dos motivos que me fez querer ler essa obra. A quantidade de críticas que li a respeito da personagem ser uma rebelde sem causa e intragável. Não tenho como defender Corin. Ela é isso mesmo. Rebelde, mas ao mesmo tempo não sabe como lutar, é birrenta, briga com todo mundo, é mentirosa, preconceituosa... Mas ela é extremamente real e foge do papel menina boazinha que a maioria das protagonistas são. Além disso, me identifiquei muito com a Corin. Não hoje, claro que não. Mas a Gih adolescente foi mais Corin do que gostaria de confessar. Mesmo assim, eu mudei. E terminei o livro com a esperança de que isso pudesse acontecer com Corin... Ou não! Você vai ter que ler para saber. 

Além disso, o livro aborda vários assuntos, como depressão, suicidio, relacionamento abusivo... e lá para o final tem uma reviravolta de fazer cair os butiá do bolso. 

O romance é uma gracinha e Colt é um fofo. Quando ele apareceu eu pensei: babaca! Três linhas depois eu já estava querendo escrever o nome dele no meu pulso ahhahahaah 

A escrita da Helen é fluida, fácil, gostosa e ler esse livro foi como ouvir uma história muito boa contada por uma amiga muito querida. Corin apesar de todos os defeitos ganhou minha empatia e eu torci por ela do começo ao fim. 

Enfim, para mim, o único defeito de O Nome em seu pulso, mas que nem cheg a ser tão defeito porque não ligo tantooooo assim pra isso é que a capa é horrorosa. Isso só me deixa triste porque sei que a história poderia chegar a mais leitores se o capista tivesse caprichado um pouquinho mais. 

Então eu acho que você deve comentar aqui o que achou da resenha e correr para tentar encontrar esse livro em algum lugar. Se você gosta de escritas leves, mas que abordam temas importantes, esse é o livro que falta na sua estante. 

Um beijão e até a próxima! 

sábado, 7 de outubro de 2017

Vida e Morte - Stephenie Meyer

Olá, povo bom! Tudo bem com vocês? 

Aqui tudo está muito bem. Corrido como sempre, mas bem e no final é isso que importa não é? 

Mas então vamos parar de enrolação e vamos logo para a resenha. Bora? 

Título: Vida e Morte
Autora: Stephenie Meyer
Páginas: 391
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Sinopse: O clássico de Stephenie Meyer revisitado 10 anos depois.
Novamente, os leitores vão se apaixonar pela arrebatadora história de amor de Bella e Edward... ou, quem sabe, será uma primeira vez. A edição especial de aniversário inclui um conteúdo extra e exclusivo: Vida e morte, nova versão em que autora inverte o gênero dos principais personagens.
Em Vida e morte os leitores vão se maravilhar com a experiência de ler a icônica saga de amor agora pelos olhos de um adolescente que se apaixona por uma sedutora vampira. Numa publicação ao estilo “vira-vira”, a edição comemorativa traz mais de 400 páginas de conteúdo extra, além da nova capa, com Crepúsculo de um lado e Vida e morte de outro. Os milhares de fãs de Bella e Edward não vão querer perder a oportunidade de ver seus tão queridos personagens em novos papéis.
“Fico maravilhada que já se tenham passado 10 anos da primeira edição de Crepúsculo”, cometa a autora Stephenie Meyer. “Para mim, esse aniversário é uma comemoração dos fãs, que sempre foram inacreditavelmente dedicados e apaixonados.”



Minha opinião: Eu não sou fã de Crepúsculo. Mas quando saiu esse livro eu fiquei curiosa. Isso porque apesar de ter um certo pavor dos filmes, eu até que gosto dos livros - e acredito com todo o meu coração que a história deveria ter ficado apenas nas páginas, mas enfim... 

Então lá fui eu, juntar minhas moedas para adquirir esse livro. Mas ele não é nada prático de se ler, já que esta é uma edição especial que contém também o livro Crepúsculo. Ou seja, o bichinho pesa. Então demorei mais para ler do que eu gostaria, mas li. E isso que importa. 

Vida e Morte é basicamente a mesma história de Crepúsculo. Mas nesta versão, os gêneros de quase todos os personagens são trocados. O vampiro dessa vez, é uma vampira. É Edythe. E a humana em perigo, é um jovem rapaz chamado Beau. 

Logo no começo do livro, a autora explica um pouquinho sobre o motivo dela ter feito essa troca. E segundo Stephenie, ela quis provar que Bela não era apenas uma donzela em perigo e não havia machismo na história. Afinal, isso foi muito comentado já que Bela era uma personagem sem graça, chata e que vivia sendo salva. Então a autora quis provar que o mesmo aconteceria se Bela fosse um homem. Porque afinal, trata-se da história de um humano frágil vivendo cercado de super-heróis e super-vilões. Não sou eu quem estou dizendo isso. Quem diz isso é Meyer. 

Depois dessa introdução, conhecemos Beau. Que é basicamente Bela. Chato, desengonçado, sem graça. Após isso, conhecemos Edythe, que é basicamente Edward. Linda, reservada, sedenta por sangue e obviamente brilhante. Todo o desenvolver da história já nos é conhecido. Os dois se apaixonam, aparecem uns vampiros meio do mal, Beau precisa fugir... esse bláblá todo. 

Mas mesmo assim, eu curti acompanhar toda essa história novamente. Apesar de não ser fã de Crepúsculo, eu acho que Stephenie tem um jeito envolvente de contar uma história. Além disso, eu sabia que o final não seria igual, já que diferentemente de Crepúsculo, Vida e Morte não tem uma continuação. Então mesmo conhecendo a história, eu sabia que ela me levaria a um lugar diferente e eu estava bem curiosa sobre qual final seria esse. Foi um tanto clichê? Até que foi. Mas não foi de maneira nenhuma uma coisa sem graça. Talvez até prefira esse final ao outro. Mentira, esse é triste e não superei ele muito bem ahhaahaha Parece spoiler, mas não é ;) 

Um ponto bem negativo para mim na história, é que há muitos erros de revisão/digitação. O tempo todo se referem a Edythe como ele e a Beau como ela. Isso sem contar os erros com outros personagens. Então essa parte deixou muito a desejar. 



Falando sobre a justificativa da autora. Achei extremamente válida e me senti ainda mais atraída para ler o livro depois dela. Mas... É difícil explicar, mas vamos lá. 
Crepúsculo não funciona muito bem tendo uma vampira e um humano. Duvido muito que teria feito todo esse sucesso se essa fosse a história original. Nossa sociedade ainda gosta de definir os papéis de gênero como para a mulher o papel de donzela em perigo e para o homem o papel de salvador. Estamos recheados de referências a isso o tempo todo. Colocar um homem sofrendo por amor daquele jeito e abdicando de tudo por causa de uma vampira é bizarro. E mais bizarro ainda é descobrir que quando foi Bela isso foi totalmente aceito - não tanto, já que muitas críticas foram feitas. Mas enfim, Vida e Morte foi muito mais criticado.  
Não sei se vocês já viram um meme de uma capa de revista chamada Cláudio, onde eles fazem uma sátira com as matérias que são voltadas para o público feminino. E ela mostra o quanto seriam ridículas se fossem voltadas para os homens. E por fim, porque nós mulheres aceitamos ser tratadas daquele jeito. Vida e Morte foi para mim isso. Uma sátira que mostra que a gente ainda tem muito a evoluir. Não parece ter sido esse exatamente o intuito da autora, mas de certa forma, foi. 

Não acho que Vida e Morte funciona com todos os leitores, mas é sim, apesar de alguns pontos, um livro que eu indico. Se você é fã, talvez a história te incomode. Se não é, talvez não sinta desejo por ler essa história.  Mas acho que se você ir de mente e coração livres, talvez perceba algumas coisas que podem mudar a sua maneira de pensar. Afinal porque uma mulher em perigo faz mais sucesso que um homem em igual situação? Porque é que um homem que se diz perigoso e sedento por sangue parece sedutor e uma mulher com essas características é considerada bizarra? 

Então eu termino essa resenha enormeeeee dizendo que acho a leitura muito válida, desde que você leia com um olhar mais crítico. E por fim é isso. Obrigada por lerem minhas considerações. 

E agora me contem. Quem já leu? Concordam? Discordam? 

E se você curtiu a resenha, compartilhe com os amigos. 

Um beijão e até a próxima!