domingo, 30 de agosto de 2015

Valsando com a gata - Pam Houston

Oiii galerinha, tudo bem??? E hoje tem resenha novamente, hehehhe. Vamos conferir???

Título: Valsando com a gata
Autora: Pam Houston
Páginas: 333
Skoob
Sinopse: Desde de a publicação de Meu Fraco são Cowboys, os leitores de Pam Houston reinvidicavam mais de suas personagens femininas, mulheres à procura de aventuras radicas e relacionamentos estáveis. Nesta obra, vamos para trás das lentes com a fotógrafa Lucy O´Rourke, acompanhando-a ao longo de 11 contos. 
Aos 32 anos, Lucy não tem sorte no amor e carrega nas costas uma infância atormentada por pais desequilibrados - mãe alcoólatra e pai ameaçador. Em busca de um ponto de equilíbrio, a fotógrafa embarca em uma série de viagens que a leva a tomar decisões erradas em momentos críticos. Desastres fazem parte de toda a jornada de Lucy: um acidente em um rafting em Cataract Canyon, um ataque de jacarés na Floresta Amazõnica e um furacão no Gulf Stream. 
As aventuras radicais nas quais a fotógrafa se envolve são, na verdade, um passo em direção ao equilíbrio interno e ao controle sobre sua vida amorosa, frustrada na maioria das vezes, por homens avessos a compromissos.



Minha Opinião: A primeira coisa que eu preciso dizer é: Quem fez esta sinopse era muito machista. Sério gente. Vocês repararam quantas vezes é falado em relacionamentos, homens e afins apenas nesta sinopse? E tudo bem se o livro realmente fosse focado neste lado. Mas esta é uma história que fala muito mais sobre descobertas e problemas familiares do que relacionamentos amorosos. Lucy é muito mais do que uma mulher que quer encontrar um homem. Aliás, nem sei se ela realmente queria isso. Lucy é uma mulher cheia de problemas, mas ainda assim forte. Ele tem traumas, passado, presente e futuro. Tem uma profissão. E tudo o que a sinopse diz é que vamos encontrar uma mocinha atrapalhada e azarada em busca do par perfeito. Me incomodou? Me incomodou muito. E vou reclamar sim. Machistas não passarão. 


Agora que desabafei, vamos lá. 


Valsando com a gata é dividido em vários contos - passagens - da vida da Lucy. Através dele, podemos conhecer uma mulher independente e segura; mas que mesmo assim, carrega os traumas que uma família desequilibrada provoca. 


Lucy é fotógrafa e ama descer rios. Tem várias amigas e amigos. Já teve todo tipo de relacionamento ruim. Ruim mesmo. Onde ela acabava aceitando as coisas erradas, justamente por toda a infância e adolescência perturbada. 


"Você deve entender. E se você não entende, é por que você teve sorte. " 




O livro acaba por fazer várias críticas sociais. Os pais que exigem demais dos filhos, a exigência que existe para que os homens sejam OS pegadores, a exigência que temos com o próprio corpo e isso é apenas o começo. 

Ele tem um lado engraçado, mas não digo que é exatamente uma comédia. Ele realmente tem umas tiradas engraçadas e inteligentes. 

"Você deve passar a vida ao lado da pessoa que pode transformar sua vida num inferno. " 

Mas reduzir esta obra apenas a uma comédia é muito injusto. 


"- Você não tem interesse nenhum em se proteger, Lucy? 

- Está falando de camisinhas? - indago. 
- Não, estou falando do seu coração. " 

O título da obra faz referência a um dos contos - talvez o mais complicado de todos - mas na minha opinião ele chama atenção. As páginas são amareladas e cada "conto" é um capítulo, por isso não são muito curtos. Mas a leitura acaba fluindo muito bem, pois queremos saber como termina cada episódio na vida de Lucy. 

Por fim, eu indico sim o livro. Indico a todos aqueles que entendem que uma mulher sem homem, é muito mais do que uma solteirona azarada. Indico a todos aqueles que sabem que a vida é mais do que encontrar o par perfeito. E que a vida é muito legal quando a gente arrisca. 

E hoje fico por aqui pessoal. Me contem se já conheciam, o que acharam e tudo o mais. Um beijão e até a próxima

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O livro da Andressa Urach e onde fica a sororidade

Oi pessoal, tudo bem? Hoje eu vim aqui para falar sobre um assunto que vem me incomodando muito nos últimos tempos. Se você tem muitos amigos escritores no facebook, muitos blogueiros e afins, certamente sabe do que eu estou falando.

A Andressa Urach, aquela menina das mil e umas cirurgias que quase morreu e tal, lançou um livro que conta a sua trajetória de vida. Para quem ainda não conhece, segue aqui a capa.


O que aconteceu desde então, é uma avalanche de críticas a mulher. Ela deixou de ser uma pessoa, para passar a ser a vadia, a puta, a prostituta. Inúmeras autoras e blogueiras deixaram muito muito mesmo claro o quanto estavam indignadas com esta situação: a publicação do livro e o 1 milhão de livros vendidos no primeiro dia. 

A revolta é por que segundo elas, elas trabalharam, se especializaram, escreveram dias e noites sem fim e não tem este reconhecimento. E aí vem a Andressa, conta essa história maluca e vende tanto. 
Vadia, Cadela. Vagabunda. Tudo isso foi o que eu tive que ler na minha linha do tempo, que é composta basicamente por autores. 

Vamos por parte. 

O livro foi comprado por pessoas, estou correta? E o que as pessoas fazem com o dinheiro delas? Compram o que quiserem. "Mas Gih, com tanto livro bom, vão comprar justamente isso? E o meu aí, que conta um lindo romance." Gente, para. Para mesmo. De boa que eu gostaria que esse 1 milhão tivesse comprado o meu livro. Sério mesmo, juro para vocês. Assim como eu queria que eles comprassem o meu e não o seu. Mas a vida não funciona deste jeito e cada um compra aquilo que quer. Então aceita isso que dói menos. 

"Mas este livro só tem aberração. Ela conta que foi lambida pelo cachorro, que dormiu com mais de 2 mil homens..." Sério isso gente? Quanto livro hot tem por aí que é pior que isso. MESMO. Analisa seu livro. Será que ele é tão florzinha assim? 

Está todo mundo metendo o pau na menina, mas por que ninguém está metendo o pau na editora Planeta? Por que é ela que vai publicar não é? E provavelmente foi ela que procurou a Andressa para fazer esta publicação. Então se querem meter o pau em alguém e reclamar que seu livro não é aceito por editora, mete o pau na Planeta. Aliás, aproveito aqui e abro um parênteses. Editora quer vender. Ela só visa o lucro. Por isso bato tanto o pé que ser publicado por editora não quer dizer que você seja talentoso. Quer dizer apenas que seu livro é comercial. Sim, ele pode ser bom e comercial. Pode ser só bom. E pode ser só comercial. Por isso fiquei tão possessa com um vídeo do cabine onde o menino afirma que se seu livro não foi aceito por uma editora é por que ele não é bom o suficiente. É claro né garoto, seu livro com um tema super batido é maravilhoso. Aham tá. 

Continuemos. 

Mais uma vez, voltamos para os compradores. Ninguém está analisando quem comprou o livro. Ninguém parou para pensar que boa parte dos compradores, pode ter sido um bando de machistas que querem apenas ter ideias bizarras, ou bater uma enquanto pensam em como estuprar, abusar e fazer uma mulher se sentir um lixo, Ninguém parou para pensar também que alguns compradores podem ser mulheres que estão passando por situações terríveis e querem alguma força para mudar. Andressa se converteu, não foi? Quem sabe quantas mulheres seu testemunho não pode ajudar? 

"Mas Ela só quer ganhar dinheiro" . É bem provável que sim, MAS a editora também só quer isso. 

"Mas o livro é um lixo. " Você já leu? Defina para mim o que é um livro lixo? 

Agora vou pisar no seu calo. O problema é que ela é mulher não é? E está lançando este tipo de coisa. E nós, mulheres "direitas" precisamos nos diferenciar desta vadia. NÃO mulheres. Nós não somos direitas. Isso não existe. Não existe isso de mulher direita, mulher errada e mulher de verdade. E a Andressa não é vadia. Ela é uma pessoa e como tal deve ter todos os seus direitos assegurados. 

"Ah Gih, nada a ver isso que você falou agora." Você acha mesmo? Ontem vi uma matéria intitulada : 4 livros que vão fazer você querer ser analfabeto. 3 eram histórias de mulheres. Coincidência? Eu tenho certeza que não. 

É muito triste ver mulheres criticando outra irmã. Muito, muito triste mesmo, ver o patriarcado ganhando mais e mais força deste jeito. Eu sei mulheres, que a culpa não é de vocês. Que você cresceu aprendendo a competir. A se diferenciar dessas aí. Mas nós estamos aqui para te ajudar a se libertar. Tente só por hoje não criticar a moça. 

Agora se você leu ou ler o livro e achar ruim, aí pode sim, pode falar que para você ele é péssimo. Mas você não deve chamar a mina de vagabunda por causa da história dela. 

Não vamos deixar que os outros nos vejam como competitivas. A gente precisa unir forças. Precisa ficar junto. A gente precisa de mais sororidade. Só assim podemos ser empoderadas. 

"Ainda que você não se identifique com esta pessoa, não acha que ela merece respeito e dignidade? " Mulheres - Carol Rossetti. 

A Mais Pura Verdade - Dan Gemeinhart

Oii galerinha, tudo bem??? E hoje é dia de resenha nova aqui no blog. Vamos conferir???


Título: A Mais Pura Verdade
Autor: Dan Gemeinhart
Páginas: 219
Skoob
Sinopse: Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha.
Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças.
Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram.
Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier.Nem que seja a última coisa que ele faça.
A Mais Pura Verdade é uma história preciosa e surpreendente sobre grandes questões, pequenos momentos e uma jornada inacreditável.




Minha Opinião: Este é um livro que estourou e que logo caiu no esquecimento. Ele foi muito falado quando lançado, graças a estratégia de marketing da Editora Novo Conceito. Mas Logo que passou o tempo de divulgação, ele foi deixado de lado. O que na verdade é uma grande pena, já que é uma linda história e mesmo que aborde um tema tão explorado na literatura - o câncer- ainda assim consegue ser único. 

A Mais Pura Verdade conta a história de Mark, um menino que cansado de não poder fazer suas próprias escolhas, resolve tomar uma decisão radical. Ele resolve largar o tratamento, fugir de casa e realizar um grande sonho : escalar um grande monte. Com uma mochila, um cachorro e um desejo, Mark abandona o conforto do lar e parte para o que pode ser a maior aventura de sua vida.

Nós acompanhamos a história de Mark narrada por ele mesmo em primeira pessoa e conhecemos também o lado das pessoas que ficaram, através de uma narrativa em terceira pessoa. 

Mark é um menino encantador e muito corajoso. É fantástico a forma como Dan criou este personagem. Ele não é o tipo de menino que está tranquilo com a morte que chegará. Que menino ficaria feliz com isso? Mark está triste, com medo e com muita raiva. Não é justo. Não é justo que uma criança ou mesmo um adulto tenha que passar por tanto sofrimento. 

"Eles chorariam quando eu partisse, mas era eu quem partiria. Eles teriam todos os amanhãs do mundo para se sentirem melhor. "



É impossível não torcer por este menino. Impossível não torcer para que tudo fique bem.

Beau que é o seu cachorrinho que o acompanha na jornada é fantástico e tem um grande papel na história. Jessie, sua amiga que ficou para trás também. Mesmo longe, apenas a lembrança dela aquece o coraçãozinho do nosso pequeno herói. 

O final do livro, abre um leque de oportunidades e possibilidades e vai depender exclusivamente do seu entendimento. E isto definitivamente é um elogio.

O livro aborda temas de grande importância, como a amizade, escolhas, família, morte, doenças, sonhos. Mesmo assim, ele é escrito de uma forma muito leve o que não me impediu de derrubar algumas lágrimas, por isso acho que ele é bastante indicado para um público jovem.

Uma coisa que me incomodou porém, foi o título ser repetido tantas vezes ao longo do livro. Isso é uma coisa que acontece muito em alguns livros e só posso dizer que isso é chato, chato, chato. E essa é a mais pura verdade. ok, parei, kkk 

A diagramação está perfeita, com uma fonte super confortável que facilitou a vida desta que vos escreve. A capa também é super bacana e combina muito com a história. 

Por fim, não posso deixar de indicar. Este provavelmente não será O livro da sua vida, mas com certeza você vai ficar com um pedacinho de Mark, Beuau e Jessie depois de ler. 

" Esta é uma coisa que eu não entendo: praticamente tudo. Não entendo nada de nada. "




Então por hoje é só. Me contem aí pessoal. já conheciam? Já leram? O que acharam? 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Lagoa da Harmonia - Teutônia-RS

Oiiii galerinha, tudo bem???

No último domingo eu e o maridão fomos conhecer a Lagoa da Harmonia que fica em Teutônia aqui no RS. Como o lugar é muito bacana, resolvi vir aqui e contar para vocês sobre este passeio*. Vamos conferir???

Foto panorâmica tirada do local


Não estava tão frio, mas tivemos que ir de moto por que roubaram nosso carro. E só motoqueiro sabe como até dia de sol fica frio, kkkk. Ainda mais aqui no sul galera. A Lagoa fica em um morrão e é tipo muitooooo frio. 

Agora vou falar a verdade para vocês, hahahah. Fomos conhecer este local pois todos falavam deste café colonial. Gordos??? Magina, kkkk. Gente, só posso dizer que valeu super a pena a viagem, ahhahah 

Sopa de capelleti. Como não amar???

Havia mais de 100 opções entre doces, salgados, sopas, caldos, bolos e tudo o mais.

Depois que já estávamos de barriga cheia, fomos dar uma volta ao redor da lagoa. Ela é enorme gente. Para fazer a volta é uma caminhada e tanto. Mas é tão linda que vale muito a pena.

Este é o restaurante das coisas gostosas acima, hehehhe

Meu homem kkkkkkk. Ah gente, amo tanto esse chato =D 

Conhecem???


Sou meiga quando quero, hehehe 






E depois de tanta farra é hora de descansar =D 

Imagem retirada da fanpage do restaurante. As cabanas que vocês estão vendo são lindas e é possível alugar e passar alguns dias lá. Que sonho né? 

Gostaram??? Visitem o Site e uma das Fanpages

*Fiz esta postagem pois a publicação sobre o Templo Budista Kadro Ling fez muito sucesso. 

Então por hoje é só isso pessoal. E aí, curtiram? 

domingo, 23 de agosto de 2015

Do Outro Mundo - Ana Maria Machado

Oi pessoal. Hoje estou aqui para mais uma resenha de um livro que encontrei nas coisas do meu marido. Pois é, o chato não lê, mas tinha livros. Vai entender?

Título: Do Outro Mundo
Autora: Ana Maria Machado
Páginas: 104
Sinopse: Ruídos muito estranhos arrepiam os cabelos de Mariano e sua turma. Será que a antiga fazenda onde foram passar uns dias está mal-assombrada? Tentando entender esse mistério, os quatro jovens topam com um assunto muito mal resolvido: a escravidão.
Skoob

Minha Opinião: Este é um livro infanto juvenil, mas que aborda um tema muito sério: A escravidão.

O livro conta a história de vários amigos que estão em um hotel - uma antiga fazenda - e a noite passam a escutar sussurros, choros, gemidos e tudo o mais. Depois que o susto inicial passa, eles resolvem descobrir o motivo de tudo aquilo. E eles acabam descobrindo muito mais do que isso.

Acabam descobrindo um lado muito ruim da nossa história. E como consequência, eles terão que cumprir uma importante missão.

Como já escrevi aqui, o livro é infanto juvenil, então a linguagem dele é muito simples. Mesmo assim, ele acaba se tornando pesado, já que aborda um tema tão triste. E é preciso que aborde mesmo, pois algo tão cruel nunca deve ser esquecido. Talvez desta forma, nunca repetiremos este erro.


Acabamos conhecendo duas histórias. A história atual com os amigos na fazenda e a história passada que vai desde a grande escravidão, passando pela Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários até a abolição da escravidão. O que me levou a pensar: Seria nossa aposentadoria o futuro desta lei? Não gente, não estou comparando, mas que há uma mera semelhança, isso há.

Não sei se este é um livro fácil de achar. Acredito que ele deve ser encontrado apenas em sebos e lojas do tipo. Mas é uma leitura mais do que recomendada. Aliás, todo livro que aborde um tema como este deve ser indicado.


E que nunca mais se repita os erros do passado.

Vocês já conheciam? Também acham importante este tipo de assunto em livros?

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Eu estive aqui por Fernanda Avellar


Título: Eu estive aqui
Autora: Gayle Forman
Páginas: 240
Ano: 2015
Editora: Arqueiro
Skoob
Sinopse: Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal?
A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos.
Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.
Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível.


Minha opinião: Gayle Forman é autora dos best-sellers Se eu ficar e Para onde ela foi, além de outras obras de sucesso. Forman escreve suas obras com temáticas voltadas para o público jovem adulto e em Eu estive aqui aborda um tema complicado, amplo e doloroso: o suicídio.

A trama é narrada em primeira pessoa pela personagem Cody que é a melhor amiga de Meg, jovem de 19 anos que se suicidou em um quarto de motel ingerindo um veneno altamente letal. Ela programou o horário de envio dos e-mails, para que quando todos recebessem ela já estivesse morta.

A escrita de Gayle consegue de uma forma bem simples passar as emoções que todos os personagens
sentem durante todos os acontecimentos da obra.
Assim, como é nítido o sofrimento de Cody perante a morte de sua amiga, um misto de dor, saudade, raiva, indignação, dúvida, amor e outros sentimentos que permeiam o coração da jovem, até mesmo culpa.

Os pais de Meg pedem para que Cody viaje para a cidade em que a amiga morava para juntar todos os pertences e eis que Forman coloca pitadas de suspense no que tange o suicídio de Meg.

"Sinto a tentação de cheirar os lençóis. Se fizer isso, talvez seja suficiente para apagar tudo. Mas você só consegue prender a respiração até certo ponto. Em algum momento, terei que soltar o cheiro dela, então, vai ser como aquelas manhãs, em que acordo e me esqueço antes mesmo de lembrar". (p. 24)

Cody conhece os novos amigos de Meg e descobre que ela não sabia tudo sobre a amiga como imaginava, nem mesmo o envolvimento dela com Ben McCallister. Os pais de Meg dão para o Cody o notebook da amiga e ela acessa e faz buscas variadas para encontrar qualquer pista que a faça compreender o motivo que levou Meg a tirar sua própria vida e chega ao fórum do Solução Final, levando a trama ficar ainda mais envolvente.


As mais diversas perguntas passam pela cabeça de Cody, como: qual motivo levou Meg a se matar? Por que ela pediu ajuda para estranhos? Por que estar em outra cidade a transformou em alguém diferente? Em meio a tantas perguntas Cody necessita sair por de trás da sombra de Meg e tomar a sua própria personalidade.

"Certa tarde, estou me preparando para tomar banho depois do trabalho e, enquanto reviro o armário de remédios em busca de uma gilete nova, vejo um dos frascos enormes de Tylenol que  Tricia costuma comprar na farmácia. Graças à minha pesquisa, sei que Tylenol é uma forma terrivelmente dolorosa, mas barata, de se matar. Desliga o chuveiro. Vou para o meu quarto. Espalho os tabletes brancos na minha colcha. Eu deveria tomar quantos? Quantos eu consigo engolir de uma só vez? Como impedir que acabe vomitando tudo?" (p. 137).

Na obra alguns personagens ficam limitados e não é possível entender bem o real papel deles e a veracidade das informações, como exemplo, o envolvimento amoroso de Cody e Ben e a relação Cody com sua mãe Tricia. Porém, o foco central que é o suicídio devido à depressão, foi abordado com excelência.

Para concluir, achei espetacular no fim do livro a nota da autora expondo os motivos que a levaram escrever, Eu estive aqui, e se todos nós pudêssemos ajudar quem sofre de um mau tão grande e devastador como a depressão seria ótimo. A depressão é o grande inimigo da  saúde física e mental de quem a possui. Muitas vezes vem de forma silenciosa e nem os amigos íntimos percebem a carga que ela contém e infelizmente com a globalização e, a facilidade de acessar a Internet, pessoas ruins se aproveitam dos depressivos e criam grupos e fóruns de suicídios, até mesmo coletivos. Então super indico a obra e me tornei fã de Gayle Forman, não só pela escritora que é, mas, pela humanidade que carrega dentro de si.

E vocês? Conhecem alguém que sofra de depressão? Como ajudar e ser ajudado? Vamos partilhar as ideias e quem sabe possamos salvar vidas, pois, as vezes uma frase bem colocada muda o dia de uma pessoa. Grande beijo da Fê!!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Antes de Partir Desta Pra Uma Melhor - Jonathan Tropper

Oiii gente linda, tudo bem??? Hoje estou aqui para mais uma resenha em parceria com a Editora Arqueiro. Vamos conferir???


Título: Antes de Partir Desta Pra Uma Melhor
Autor: Jonathan Tropper
Páginas: 256
Editora: Arqueiro
Skoob
Sinopse: Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a vida de Drew Silver é uma sequência de decisões equivocadas. Faz quase uma década que sua banda de rock emplacou uma música, filha única de mãe solteira. Desde então, a banda se separou, sua mulher o largou e Silver tem assistido a vida passar, tocando em casamentos – quando aparece algum – e descontando os cheques cada vez menos frequentes que recebe pelos direitos autorais de seu único sucesso. Silver então descobre que a ex-mulher está prestes a se casar de novo e que a filha adolescente, Casey, está grávida. Para completar, depois de sofrer um derrame que o deixa incapaz de controlar a língua e guardar para si o que pensa, ele precisa de uma cirurgia no coração. Diante desse cenário, o músico fracassado depara com a pergunta decisiva: será que vale a pena salvar uma vida tão mal vivida? Assim, sob o olhar exasperado da família, ele toma a decisão radical de se recusar a fazer a cirurgia e dedicar o pouco tempo que lhe resta a tentar consertar o relacionamento com Casey e aproveitar a vida – mesmo que ela não dure muito. Com diálogos rápidos, irônicos e sagazes, Jonathan Tropper confirma sua habilidade em retratar com humor e perspicácia o lado oculto da família moderna.


Minha Opinião: Antes de Partir desta pra uma melhor conta a história de Silver, um baterista que deixou de fazer sucesso há cerca de 7 anos, mesma época em que se separou.

Durante estes 7 anos, Silver foi decaindo cada vez mais. O dinheiro está cada vez mais escasso, ele não convive mais com a filha, não voltou a namorar, e possui amigos tão fracassados quanto ele.

As coisas não poderia piorar, poderiam? Poderiam! Silver descobre que sua ex mulher vai casar e que sua filha adolescente está grávida. Pode piorar? Pode! Silver descobre que está com uma grave doença e só sobreviverá se fizer uma delicada cirurgia.

" O suicídio é difícil, mas não é nada comparado com a manhã seguinte."

O problema é que para Silver, sua vida já está acabada. Ele já deixou de viver há muito tempo, agora ele apenas sobrevive. E talvez salvar seu coração, não seja um bem tão grande para a humanidade. E então Silver toma uma grande decisão: NÃO irá fazer sua cirurgia. Mas fará de tudo para tentar recuperar o tempo perdido até que a morte venha.

"Todo mundo morre sozinho. Isso é um fato. Alguns, mais sozinhos do que outros."

Com esta premissa delicada e até um pouco clichê somos levados até a vida de Silver. Durante sua jornada, ele sofre um derrame e acaba perdendo a capacidade de controlar o que fala. Imaginem a confusão?


"Somos todos clichês, ..., estamos todos seguindo roteiros que foram escritos e interpretados muito antes de conseguirmos aquele papel."

Então o livro até tem um lado engraçado. Mas ele é muito mais trágico do que cômico. É muito triste ver o ponto onde Silver chegou. A vida que ele abriu mão. E ver seus amigos, talvez em situações piores do que ele.

"... eles fizeram tudo certo e, de qualquer maneira, ele deu errado."

É um livro que te faz pensar, refletir. O que é importante na vida? O que vale a pena? É melhor viver uma vida de 40 anos ou uma existência de 90?

Já conhecia a escrita do autor. E ela é perfeita. Somos apresentados a vários tipos de personagens, Jonathan consegue descrever os mais variados tipos de pessoa e todo o tipo de sentimento e situação. Temos a adolescente grávida, o ex marido deprimido, o noivo da ex mulher, o triângulo básico, as crises existenciais e por aí vai.

Mas não posso dizer que este livro tenha se tornado meu favorito. E a culpa pode ser das expectativas. Já havia lido outro livro do autor - Como Falar Com Um Viúvo - e amado. Mas o mesmo não aconteceu com este. ADPDPUM tem uma premissa maravilhosa. Mas acho que houve muito drama onde não precisava e o final.... bem o final é de deixar qualquer um querendo se matar. Eu AMO finais abertos, mas neste caso, eu tinha vontade de matar o autor e após me matar kkkk

Mas nem por isso eu deixo de indicar o livro. Acho que vai te fazer sorrir, se encantar, refletir e querer viver a sua vida da melhor forma possível. Como eu sempre digo, um final ruim, não necessariamente estraga um livro tão belo. E o final é lindo, mas é tipo um imenso buraco. Ou talvez a vida seja assim? E você precise se jogar? Sei lá, já estou refletindo muito aqui, heheh, por isso vou parando.


Mas me contem se vocês já conheciam e o que acharam da resenha. Um beijão e até a próxima!!!

sábado, 15 de agosto de 2015

Ali Babá e os quarenta ladrões - Antoine Galland (adaptado)

Oiii galerinha, tudo bem??? Por mais estranho que possa parecer eu não conhecia direito a história de Ali Babá. Mas ajudando meu marido com a mudança para a minha casa, encontrei nas suas coisas este livro. E claro que fui me aventurar e conhecer esta história.

Que tal conferir o que eu achei???


Título: Ali Babá e os Quarenta Ladrões 
Autor: Antoine Galland (adaptado) 

Minha Opinião: Como eu não devo ser a única pessoa aqui que ainda não conhecia a história, vou falar um pouquinho sobre ela. 

Ali Babá e os Quarenta Ladrões conta a história de um pobre homem que um dia encontra em uma caverna um grande tesouro e resolve tomar para si algumas destas moedas.Tempos depois, descobre que esse tesouro pertence a quarenta ladrões e que eles estão dispostos a tudo para recuperar a parte da fortuna que Ali Babá se apoderou. 


Existem inúmeras adaptações desta história. Há filmes, desenhos, livros e mais livros. A versão que eu li era de um projeto de doações de livros que o governo fez para as escolas. Então ao final do livro, ainda encontramos algumas explicações sobre determinados fatos da história e até algumas questões históricas, o que torna o livro ainda mais interessante. Sem falar que ele é cheio de ilustrações e as páginas são acinzentadas e a letra é muito confortável para ler.

Por se tratar de um livro voltado para o público juvenil, a escrita é muito leve e eu li bem rapidinho. Mas acredito que todo o tipo de leitor gostaria de conhecer esta história que fala sobre o perigo da ambição. 

Se eu pudesse fazer uma alteração no livro*, seria o nome. Sem sobras de dúvidas, o personagem que rouba a cena é a empregada de Ali Babá. É graças a ela que o livro tem determinado desfecho. E tudo o que ela ganha é um casamento com o mocinho bom partido que até então nem havia aparecido. Machismo? Magina. Sim, eu entendo o contexto cultural. Mesmo assim não quer dizer que eu concorde.

Então ignoremos este fato, o livro é extremamente bacana. Não sei como havia vivido tanto tempo sem conhecer esses quarenta ladrões, hehehhe. 

*Pessoal, andei pesquisando e vi que há várias versões desta história. Em algumas versões não há a empregada e o inteligente é mesmo o Ali Babá. Então meu comentário é para a versão que eu li. 

Por isso se você ainda não conhece, trate de achar uma adaptação para você conhecer. Vale a pena. Juro!!!

Mas me contem aí, já leram? Conhecem? 

Um beijão e até a próxima! 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Minha pilha de livros não lidos

Oiiii povo lindo, tudo bem com vocês??? Hoje estou aqui para fazer uma postagem que estava querendo fazer há um tempão, mas sempre adiava. Vi esta postagem no blog da Vanessa Sueroz e achei muito bacana e resolvi trazer para vocês. Bora conferir???

Quantos livros tem na pilha de não lidos? 102. Eu sei pessoal, eu sei. É livro demais. Mas é minha pequena biblioteca e eu amo tanto ela =D 

Qual livro você está mais ansiosa para ler? Essa pergunta é difícil. Estou com vontade de ler vários e mudo de ideia muito rápido. O que era desejado passa a não ser e o que não era passa a ser desejado. Mas acho que estou muito ansiosa para ler Max e os Felinos e As Aventuras de Pi, por que... só vou contar quando ler, hahahahha. Gih malvada =D 

Qual livro você está menos ansiosa para ler? Eu gosto muito de clássicos pessoal. De verdade. Mas sempre bate aquela preguiça para começar um novo. Então tenho vários aqui não lidos. Sei que vou gostar, mas a preguiça não me dá tregua

Como define qual será o próximo livro a ler? Não sei. Sério, não sei mesmo. Vai do humor mesmo, eu acho. Livros de parceria, seu sempre passo na frente. Mas os outros, eu leio de acordo com a minha boa vontade. Se estou em um momento romântico, pego um romance, se quero rir, uma comédia e se estou com preguiça ou de saco cheio de bíblias, pego esses juvenis que eu adoro, hahahah

Quantos livros eu compro por mês? Ok pessoas. Vocês sabem que eu sou a surtada das compras e do submarino... Mas depende muito. Acho que o máximo que já comprei foi 14 livros (fiz isto mês passado) Ahhhh e a black friday não conta né? Mas eu troco muito e também recebo muitos livros de sorteios ( a sortuda) e de parceria

Por que você tem tantos livros na pilha de não lidos? Agora eu vou poder me defender. Eu aprendi a ler na biblioteca pública da minha cidade. E sempre que eu via aquelas estantes todas com tantos livros, eu dizia que um dia eu teria a minha. Obviamente ela ainda não é do tamanho daquelas, mas é minha. Então no ano passado comecei a montar a minha biblioteca. E de lá para cá, é isso que vocês vêm acompanhando. 

E é isso pessoal. Esta é a minha "pequena" pilha de livros não lidos. Quero ainda fazer dos e-books também, mas fica para outra hora. 

Me contem sobre a pilha de vocês. também tem muita coisa não lida? 

Um beijão e até a próxima =D