segunda-feira, 23 de junho de 2014

Personagens

Todo leitor sabe. Um livro é feito de personagens. E escritor inteligente é aquele que sabe disso. Quero dizer que a graça, medo, ou qualquer outro sentimento que possa ser despertado por um leitor, vem dos personagens. Personagens que eles se identificam ou odeiam. Personagem bom é aquele que o leitor acha que existe mesmo. Que tem vida. Pra começar então:
-Não crie personagens perfeitos. Lindo, rico, inteligente, romantico e blá, blá. Não. Ninguém quer ler isso (ou quer vai saber. Mas a maioria não quer). Porque personagem perfeito não surpreende. E se não surpreende, ninguém se apaixona por ele. De a ele um defeito ao men
os. Ele tem chulé. Pronto. Já não é perfeito.
-Também não vale criar um personagem sem qualidade nenhuma. Feio, pobre (deixo claro aqui que nada tenho contra os feios e pobres), estúpido e blá, blá. Cara, alguma qualidade esse pobre demonio deve ter. Sei lá, diz que o cara tem um cachorro e leva ele pra passear toda tarde. Ué? Porque não?
-Não crie personagens toscos. Ex: Bella de crepúsculo, ou Anastácia de Cinquenta tons. Elas são irritantes e não dão a sensação de serem reais. Se fossem, eu juro, dava um tiro nelas.
-Tome cuidado com os personagens cliches. Vilão porque os pais eram ruins (já disse isso, mas acho o Ó. Inventa cara. O cara é ruim porque é.) Homem rico, famoso e cretino. Pq? Alguma coisa contra homem rico e famoso? Garotinha virgem que todos os caras querem pegar (aliás, para elas fiz um tópico.)
-Garotinhas virgens com 20 anos não existem, OK. Tá, devem existir, mas bem menos que as que existem nos livros. Cara, a mulher é maior gata, teve dez namorados, tem 22 anos e nada. Não. Cara me explica isso. Aliás, explica para o leitor. Inventa. Diz que era promessa, religião, medo e afú. Se não conseguir inventar, não crie personagem virgem. Ou crie um homem, só para variar.Porque personagem virgem irrita.
E pra encerrar, galerinha, personagem bom, é aquele que parece ser real. Que alguém poderia amar ou odiar. Que ri, que chora, que sente frio, medo e se apaixona. Porque personagem robozinho, tem aos montes por aí e eles não estão com nada. Ouse. Crie um personagem doido. Mas doido mesmo. Que voce tenha vontade de interná-lo. Aliás, seja voce um escritor doido. E enlouqueça criando os seus.
E vc? Qual seu personagem favorito? Ja criou algum doido? Conta aí.
ps: Achei a foto do Pumba uma graça. Qual foi?

4 comentários:

  1. Nossa, amei o post! Muito bem escrito! Os personagens são fundamentais, seja em livros ou novelas e são eles que conquistam e cativam o leitor/espectador.

    Realmente, o Pumba é divo hahaha

    Beijo!
    albumdeleitura.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada. Que bom que gostou :) sim, personagens são tudo. Melhor ainda se forem eternos.
      Seu blog é uma graça, seguindo já a um tempo.
      Beijinhos

      Excluir
  2. Personagens devem ser como pessoas. Todo bom personagem é sempre ele ou ela, com medos, desejos, aspirações, traumas... Se você não quer que o protagonista seja tido como herói, tudo bem, mas não faça dele seu triunfo.
    Um personagem tem que ser como a paixão, forte, avassaladora, fica rondando nossos pensamentos e margeando nossas atitudes. Mas uma hora ela acaba, e se vira amor ou não, vai de acordo com o "fim" da história.
    Nos apegamos aos personagens ora por parecer conosco, ora por parecer com alguém. Um vilão nem sempre é odiado por fazer o mal, conheço muitos que eu odeio porque eles não fazem maldades, daí por que cargas d'água são os vilões? Bom, agora vou clicar em "Notifique-me".
    Abraço Gih :-)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É K.F. Personagem fraco é mt ruim. Mas um cuidado ao tornarmos humanos é não tornarmos humanos demais. Uma vez eu vi essa dica e achei interessante. Por dois motivos: Voce pode torná-lo desinteressante ou confuso demais.
      Na hora não dei tanta bola, mas quando paro para pensar, nós humanos temos muitos dilemas. E não somos bons nem ruins. Não sabemos muitas vezes o que queremos fazer e tudo mais. Um personagem com muitas dúvidas, que muda de ideia o tempo todo e tal, as vezes não é muito agradável.
      E tbm, pode ser um personagem sem graça alguma (como boa parte dos humanos) e daí dificilmente agradará um leitor. Bom é ter a medida. Que medida? Olha. Eu tento usar em cada personagem uma característica notável. Como são romances não é difícil. Uma é indecisa, o outro é o ciumento e o outro é o amigo pau pra toda hora, a outra é a atirada e por aí vai. Mas ngm é uma coisa só. O vilão tem lá seu lado bom, e o mocinho tabm tem um lado escuro. Meu mocinho favorito, do meu livro a ser publicado pela NR, tem essa coisa. Ele é amoroso, carinhoso. Mas é ciumento, possessivo e muitas vezes é fácil odiá-lo. Ou chorar por ele. E quem seria o vilão a mesma coisa. Eu tento sempre usar a tática do "em todo o bem existe um pouco do mal e em todo mal existe um pouco do bem"
      Abraços

      Excluir